quarta-feira, 31 de maio de 2006

FÉRIAS


Adeus Mães MMàs! até à volta....

Dj Lucky

terça-feira, 30 de maio de 2006

Quadro Negro nas Escolas

É verdade o que diz a Ministra da Educação. Mal pus um pé no liceu onde a minha mãe dava aulas, fui logo enfiada na turma dos melhores alunos - a turma A. Isto foi realmente dramático: tive que me esforçar muito para fazer amigos nas salas do lado, dado que à minha volta só havia tótós sem qualquer capacidade de refexão.

segunda-feira, 29 de maio de 2006

Dúvidas existenciais

Apetece-me beber até ficar de rastos. Serei alcoólica?
Não me apetece pensar. Serei alucinada?
Gosto de sexo. Serei puta?
Gosto de chapinhar as poças de água. Serei infantil?
Aquele gajo é bom, apetece-me. Serei infiel?
O trabalho agonia-me. Estarei grávida dum folheto?
Aquela gaja tem um corpo fantástico. Serei lésbica?
Não me apetece fazer nada. Serei sornas?
Gosto do preto. Serei macabra?
Não tenho pachorra para aturar as birras dos filhos. Serei má mãe?
Apetece-me escrever parvoíces. Serei louca?
Quero rir até me saltarem sapos dos olhos. Estarei demente?
Apetece-me andar na maior montanha russa do mundo. Serei radical?
Detesto ir às compras. Serei normal?
Quero saltar de pára-quedas. A minha coluna resistirá?
Apetece-me tocar em todas as campainhas de um prédio de 20 andares com seis focos residenciais por piso à hora do jantar. Serei insultada?
Apetece-me chorar. Estarei deprimida?
Gosto de ver o fogo. Serei incendiária?
Gosto de comer sardinhas com as mãos. Serei porca?
Fumo, pelo menos, um maço de tabaco por dia. Serei rica?
Gosto de nadar. Serei peixa?
Gosto do vermelho. Serei comunista?

E como não tenho respostas vou vingar-me ali em baixo na feira da freguesia. Vou comer sardinha com garfo e faca, entremeada com as mãos, beber sangria até arrotar, andar de carrinhos de choque e a seguir no twister até vomitar os que ficam cá em baixo a olhar de boca aberta. Pronto. Sinto-me bem melhor, assim, desabafada.

Auto-retrato MMÁS 1


Proponho uma sequência AUTO-RETRATOS MMÁS.

Eu sou pirata, passo o tempo a piratear coisas que não se vêem.

Não fui eu!

Sim, sim. Todas as criancinhas tentam sempre a desculpa do costume. Se forem queixinhas e houver irmão à mão, acusam logo o irmão. Se não forem queixinhas e tiverem irmão, deixam a dúvida a pairar no ar. Se forem filhos únicos é porque foi o gato e se não houver gato há sempre uma qualquer explicação sobrenatural.

E depois há aquelas pessoas que crescem e continuam a culpar o mordomo. Esta manhã, mal cheguei ao emprego, houve uma destas patéticas situações com... a minha chefe! Como é que é possível que alguém que ascende à chefia tente descartar um erro com o clássico infantil não fui, foi ela?

Pais e mães deste mundo, uni-vos! Sejam implacáveis com o não fui eu. A menos que queiram continuar a ouvir eternamente o blábláblábláblá do não fui eu, foi o anterior Governo ou não fui eu, foi o meu colego que está de férias volte daqui a um mês ou ainda não fui eu que lhe dei essa informação e o sítio certo para tratar do assunto fica na delegação da R. de S. Nunca à Tarde que por acaso vai fechar daqui a 3 segundos.

domingo, 28 de maio de 2006

Leituras de Infância

O Segredo

As mesas sempre tiveram quatro pernas e davam-se muito bem com o sistema.
Mas os tempos são outros. Tudo quer ser melhor, tudo quer ser diferente.
Certa mesa pôs a quarta perna fora e ficou só com três.
As velhas mesas riram-se mas não disseram nada.
Vai outra mesa e disse com os seus botões:
- Quem pode viver sem uma, pode viver sem duas. E até, bem vistas as coisas, uma perna pode ser bastante.
As velhas agora foram aos arames:
-Parece impossível, tantos modernismos!
-Isto é uma mesa do Coliseu!
- Já não há respeito, já não há nada!
Pois sim. O pior estava para acontecer. Foi a irmã mais nova que um dia , sem mais nem menos, ao voltar da escola, apareceu sem nenhuma perna. A questão é que se mantinha em pé e fazia o serviço como as outras.
Olha lá - perguntei-lhe eu - Como é que estás de pé sem teres pés?
Ela piscou-me o olho:
- É segredo. As velhotas estão danadas...
- Diz lá...
- Juras que não contas a ninguém?
- Juro.
E disse-me.
Claro que vocês também gostavam de saber. Mas paciência. Segredo é segredo.

(uma das) Histórias com Juízo de Mário Castrim

Mulheres e Maridos
Mulheres, sejam submissas aos vossos maridos. Desse modo, mesmo se alguns deles não crêem na mensagem de Deus, hão-de ser conquistados para a fé pelo vosso procedimento. Nem é preciso vocês falarem, pois eles darão conta da vossa conduta modesta e respeitosa. Não procurem a beleza exterior pelo arranjo do cabelo, jóias de ouro e belos vestidos, mas que a vossa beleza esteja no interior do coração, belezaque não passa e que consiste no espírito de modéstia e mansidão. Essa é a beleza que tem o maior valor diante de Deus. Era assim que outrora as santas mulheres que esperavam em Deus procuravam ser belas: eram submissas aos seus maridos. Assim foi Sara, que obedecia a Abraão e lhe chamava seu senhor. Se fizerem o bem e não tiverem receio de nada, serão autênticas filhas de Sara.
Maridos, saibam igualmente viver com as vossas esposas, tratando-as com amabilidade, tendo em conta a sua natureza feminina. Respeitem-nas, pois têm parte com vocês no privilégio da vida eterna. Procedam assim para nada perturbar as vossas orações.
(excerto da) Primeira Carta de Pedro, O Novo Testamento.

Memórias de Infância


Cresci entre o vermelho e o encarnado


Valeu-me a pantera cor-de-rosa quando ao Granja lhe faltavam os desenhos animados soviéticos


Drama! Horror! Como sobreviver num país sem chapéus?


Leva chapéu e ainda se ri, a grande porca fascista!


Oh Vicente olha mais uma geração rasca!


E as extraordinárias histórias infantis que agora releio com espanto?


No comments...No comments...No comments

Cresci entre o vermelho e o encarnado. Entre o PREC e a era yuppie. Entre as manifestações barulhentas na avenida e as paredes sem ruído da escola de freiras. Entre a nuvem de fumo revolucionário da casa materna e o bife do lombo com pimenta moída na altura da casa paterna. Bardamerda, claro, é uma das minhas palavras preferidas.

Raispartam a era do politicamente correcto e que bem me soube este regresso ao passado.

sexta-feira, 26 de maio de 2006

A senhora do Congo

Vive cá no bairro há três anos, tem cabeleira ananás, despenteada, lábios grossos, corpo de escavadora, e não gosta do país. Sei, apesar de nunca o ter dito assim: Não, não gosto do país.

Vejo-a daqui, sentada na minha mesa de confessionário. Tem o tronco despido. Amamenta agora mesmo o segundo filho que o supermercado do bairro quase viu nascer justo ao lado da caixa dos euros. Ninguém me contou, descansem que não é boato. Fui buscar umas cenouras para alaranjar a sopa, e lá estava ela! Sentada, pálida, ofegante, volumosa, com a barriga a parir-se para todos os lados e a filha de dois anos a tentar sacar um chocolate à prateleira forrada com bordadinhos a oiro.
A dona do shopping já tinha chamado a ambulância, só que a carrinha de vidros foscos fingia-se surda, parada no trânsito, de agenda ocupada. E a senhora do Congo lá ficou. Os lábios, que já eram grossos, tornaram-se num pastel carvão. Coisa nunca vista. A criança nasceu. Já cavalga no seu dorso para cima e para baixo, a caminho de uma África que só existe na imaginação, faça sol em bica ou bica de chuva.
Intrigam-me ainda os seus lábios negros. Aquele fogo animal de uma mulher sozinha a milhares de voos de voltar para casa. Aquele caminhar cambaleante, a teimosia de não querer ir para o hospital ter um filho, a luta que foi enfiá-la na carrinha, o marido que só chegou muito mais tarde, e uma vida coerciva, entre um filho e o outro, um apartamento de vidraças partidas e o supermercado que faz as vezes da roça.
Acho que os lábios da senhora do Congo são um fenómeno sobrenatural. A Lisboa também tem boca sem ir a Roma, e é negra sem plantar café.

Família Funcional

Odeio o século XXI

Ténis Nike vão comunicar com o iPod e dizer ao utilizador quanto correu,
a velocidade média e as calorias perdidas.

(lido no Público)

quinta-feira, 25 de maio de 2006

Desculpem...estou cor de rosa

mas às vezes este espírito de sopeirinha acomete-me de uma maneira..... e isto é bonito com música!

Vamos lá MMA's - melhores dias virão....

She
May be the face I can't forget
The trace of pleasure or regret
May be my treasure or the price I have to pay
She
May be the song that summer sings
May be the chill that autumn brings
May be a hundred different things
Within the measure of a day

She
May be the beauty or the beast
May be the famine or the feast
May turn each day into a heaven or a hell
She may be the mirror of my dreams
The smile reflected in a stream
She may not be what she may seem
Inside her shell

She
Who always seems so happy in a crowd
Whose eyes can be so private and so proud
No one's allowed to see them when they cry
She
May be the love that cannot hope to last
May come to me from shadows of the past
That I'll remember till the day I die

She
May be the reason I survive
The why and wherefore I'm alive
The one I'll care for through the rough in ready years
Me
I'll take her laughter and her tears
And make them all my souvenirs
For where she goes I've got to be
The meaning of my life is

She

Elvis Costello

Espuma dos Dias

Ando há dias enfiada num rápido, com os pés e as mãos a (des)travar o meu impulso, que corre mais depressa que as águas. Não sei o que me deu. De repente, enrolei os tapetes onde escorregava de manhã à noite, fechei os armários desarrumados, desliguei os lembretes do futuro, desarmei-me, e estou pior que o povo estará daqui a dias, quando a festa da relva cortada e da bola giratória lhe adormecer o cérebro, as pernas e os braços, o coração, o sexo e as carteiras. É a alienação no seu melhor. Estou alienada e não quero saber um corno. Que se lixe. Sei lá como vai ser sei lá. Agora só resolvo problemas a 24 horas de terminar o prazo, os meus planos a longo prazo nem sequer chegam às férias, as minhas contas pagam-se quando o banco quiser e eu nem confiro saldos. Cá em casa durmo até mais tarde quando não consigo mexer os músculos e aviso a minha filha: Inanidade, a mamã está inane. Com o meu companheiro, ironizo toda a negrura, satirizo, viro costas e ainda mando gargalhadas bem alto. Não desperdiço nenhuma noite livre, bebo copos, ignoro-me e ignoro o que bem me apetecer. Em resumo: Me cago em tudo! Estou muito bem obrigadinha, vou indo e andando, sem mácula nem pecado.

Oficina de Expressão Artística

O Artemanhas – Oficina de Expressão Artística - nasceu num anexo de um jardim e tem vindo a crescer de forma sistemática, consistente e harmoniosa. Funciona com grupos pequenos, de forma a investir em qualidade e tempo com cada participante e mantém o seu conceito original: “investigar, experimentar, reflectir e escolher, descobrir e aguçar as nossas manhas para exprimir o que guardamos cá dentro”.

Neste seu novo ano de vida, o Artemanhas – Oficina de Expressão Artística inscreve-se num novo e mais ambicioso projecto, a Associação Cultural Sete Ofícios, fundada por sete Artemanhosas em Agosto de 2005, como forma de dar resposta a maiores desafios.

Gato e Gata







E aqui encontram o Laerte

Uma questão de comunicação*


Dica da Taitai!

*neste momento não estou a trabalhar com ervas aromáticas

quarta-feira, 24 de maio de 2006

Anthony Suau

É o autor do livro de fotografia mais interessante que tenho em casa. Hoje lembrei-me de lhe tirar a 'burka' e surpresa: what a lovely man!!!

Bem certo que isto são tempos que já lá vão, mas a verdade é que o senhor tem muito que se lhe diga.

Como as mulheres deste blog andam meio para o sombrias, isto é uma espécie de chocolatinho de leite para estimular as papilas gustativas.

Get up, stand up, girls!

Beijinhos

terça-feira, 23 de maio de 2006

299

Um rei mui sábio.

Elementar, caro Ibsen

Sentido de independência e vontade de ultrapassar a sociedade - duas características das personagens ibsenianas, segundo o director do Centro de Estudos Ibsen da Universidade de Oslo, ouvido por Joana Gorjão Henriques (Público) para um artigo sobre o autor norueguês.

E mais não digo, que ando sinceramente cansada do discurso feminista.

Modo de festa ligado.

La Dolce Vita


ESTREIA MUNDIAL DE LA DOLCE VITA
A BANDA DE MICHAEL IMPERIOLI
MAXIME, SEXTA 9 JUNHO 06

O actor nova-iorquino Michael Imperioli, que desempenha o papel de Chris Moltisanti na série OS SOPRANOS, apresenta a estreia mundial da sua banda de rock LA DOLCE VITA no Maxime, dia 9 de Junho às 23:30.
Conhecido actor do cinema americano, Michael Imperioli ganhou um EMMY AWARD para melhor actor secundário e foi nomeado para um GOLDEN GLOBE pela sua interpretação na série OS SOPRANOS para a qual escreveu também cinco episódios.
Imperioli entrou em mais de 30 filmes que incluem GOODFELLAS de Martin Scorsese; CLOCKERS, MALCOM X, GIRL 6 e JUNGLE FEVER de Spike Lee; HOUSEHOLD SAINTS de Nancy Savoca; SWEET NOTHING de Gary Winick e ON THE RUN do português Bruno de Almeida, entre outros. Foi um dos produtores e co-argumentistas do filme SUMMER OF SAM de Spike Lee e fez ainda a voz de Frankie em SHARK TALE com Robert de Niro, e Will Smith.
Com uma forte presença no teatro nova-iorquino, que inclui produções como AVEN'U BOYS, DISPLACED PERSONS e HALF DESERTED STREET, Imperioli abriu recentemente o Studio Dante, uma sala de teatro independente em Nova Iorque, que produz peças originais de novos criadores.
Imperioli encontra-se em Portugal a filmar THE INNER LIFE OF MARTIN FROST do realizador e escritor Paul Auster que conta também com a participação de Irene Jacob, David Thewlis e Sophie Auster e é produzido por Paulo Branco.
O actor escolheu o Cabaret Maxime para a estreia mundial da sua banda LA DOLCE VITA.
Constituída por Michael Imperioli (guitarra, voz) Elijah Amitin (baixo, Voz) e Olmo Tighe (bateria e voz), LA DOLCE VITA é uma banda de rock com fortes influências do punk-rock nova-iorquino na tradição dos Velvet Underground, Patti Smith ou New York Dolls.
sexta- feira 9 Junho - abertura de portas às 22h30
bilhetes €10, com oferta de 1 bebida
Cabaret Maxime, Pç. Alegria, 58 em Lisboa

reserva de mesas tel. 213467090
mais informações tm 962804368 producoes@banana.com.pt

segunda-feira, 22 de maio de 2006

Momentos únicos


Nada como o rés-do-chão de um escorrega para proteger, as mmas resistentes, da chuva domingueira. Só faltaram as formigas e o usro para roubar os comes.

Portugal século XXI

Carros, mulheres, futebol e outras touradas.

insegurança

O ciúme surge em relações amorosas devido a factores como: comparação, competição e medo da substituição.
(…)
Concluindo, a maneira básica de prevenir o ciúme é transformando-nos numa pessoa única e irrepreensível. E sendo autênticos será a melhor maneira de transcender a ameaça de ser substituído por rivais em potencial.

Perdemos demasiado tempo da nossa vida com coisas pequenas. Confundimos o amor com a eternidade. A possessão com dado adquirido. A compreensão com benevolência. O dizer com o fazer. O supor com o concreto.
Eu não acredito no amor, acho que já o referi uma ou outra vez. Não no amor adquirido e eterno. O único amor que consigo conceber é o incondicional, e esse só aos meus filhos pertence. Mas há a amizade pura, o companheirismo, a cumplicidade, o gostar de estar, de participar, de fazer participar. E acredito que por vezes precisamos de abanões, internos e externos para nos lembrar quem faz parte de nós, quem precisamos realmente. Quem é que, independentemente dos actos, está ali mesmo que, por vezes, com palavras menos agradáveis. A isto chamo confiança. E esta confiança não se adquire, não se conquista, não se altera. Ou se tem, ou não se tem, quer a pessoa alvo de confiança viva ou não fisicamente connosco. Assim mesmo de forma simples sem esperas e sem dádivas. Eu passei muitos anos da minha vida familiar a culpar-me de uma ‘perda’ de confiança sem razão de ser. E dei-me conta que afinal a razão dos meus actos que levaram a essa ‘quebra’ de confiança foram a minha reacção defensiva a essa mesma não-confiança prévia injustificada e incompreensível. Ultrapassei o caso, não quer dizer que as outras pessoas envolvidas o tenham ultrapassado. Estas coisas têm de ser conquistas individuais. Eu nunca conseguiria confiar em ninguém se primeiro não confiasse em mim, demorei dez anos mas hoje posso dizer com naturalidade que confio em mim, sou-me honesta com o que sinto, mesmo que isso possa magoar ou levar a outras interpretações, é um problema que não posso resolver. Cabe a cada um perceber-se. Por vezes, quando não estamos tão bem ou por puro prazer (não sexual), precisamos de outras pessoas. Esse precisar não implica de forma alguma uma substituição mas é como geralmente é interpretado. E aqui voltamos ao início: o ciúme. Primeiro é feita uma comparação dependendo dos resultados partimos para uma competição. Se competimos tentamos baixar as defesas do alvo com jogos psicológicos para que a conquista seja mais fácil, mas se o alvo não baixa a defesa usamos todos os meios disponíveis para nos mantermos em jogo e não sermos substituídos. É aqui que entram as acusações, as ameaças as realidades e irrealidades em forma de ping-pong. Chegamos ao fim cansados. Pior que isso é sabermos à partida que não há vencedores nem vencidos. Ridículo, portanto.
Cada um tem de lutar para estar bem consigo próprio, aceitar as pessoas tal como elas são, aprender a ouvir e a falar sem preconceitos e ideias pré-definidas, não ter medo de julgamentos e não ter medo de julgar, e conseguir perceber que temos o livre direito de mudar de opinião da manhã para a noite. Muito pouca coisa é eterna. Mais vale desfrutar o que se tem enquanto se tem e não exigir demasiado. Amanhã é sempre outro dia, quem sabe se estaremos vivos?

Gostava de perceber porquê?


Afinal que objecto associamos nós aos homens?
:)
... mulheres?

domingo, 21 de maio de 2006

Dois artigos...

...a ler no Diário de Notícias de hoje.

Um, sobre a himenoplastia. Do muito que há a destacar neste texto que ocupa duas páginas do jornal, retenho a entrevista de Sónia Morais Santos à psicóloga Gabriela Moita e uma caixa sobre rejuvenescimento vaginal. Vamos por partes.

DN: O que é perturbador nesta obsessão de um homem pela virgindade da mulher é que manifesta um desejo de domínio, não só do seu presente e do seu futuro, mas também do seu passado...
GM: A questão do passado é muito interessante. Porque há situações em que estes homens dizem que o passado das mulheres não tem importância nenhuma, até porque eles são pessoas inteligentes e percebem que o passado é inalterável, mas a partir de determinada altura o passado torna-se um pesadelo. As relações são invadidas pelo passado, que fica a pairar como um fantasma, e a vivência dessas relações torna-se extremamente penosa.

Eu, Mimi, mulher emancipada (seja lá o que isso for) e amante do sexo, me confesso. Sempre gostei de sexo. O que nunca me passou pela cabeça é que alguém nascido nos anos 70 pudesse vir a sofrer por causa do seu passado sexual. Nunca me passou pela cabeça que homem algum alguma vez usasse o meu passado como arma de arremesso. Eu, Mimi, digo publicamente neste blog que, à mínima crise conjugal, o meu passado é utilizado para delirantes acusações de adultério. Isto significa, na prática, que se me atrevo a ficar a beber umas cervejas com um companheiro de trabalho em vez de ir a correr para casa, isso é visto como uma traição certa. E que não me adianta jurar 20 vezes que não, que foram só umas cervejas, ou até mostrar-me incomodada com a frequência das acusações. Isto significa que qualquer amigo homem é perigoso, "muito sexual" (sic), potencial fonte de desvio para cama alheia. Reparem na preversidade da coisa: se fico a beber umas cervejas sou acusada ad nauseum, logo o melhor é não beber cerveja nenhuma. Se o meu amigo homem me traz problemas, o melhor é não sair mais com ele. E mais: o acusador não percebe que incomoda. E eu, que abomino o papel de vítima, sou de facto vítima. Não do meu passado, mas de uma patologia social. Senão, vejamos:

DN: Não estamos já no domínio do patológico?
GM: (risos) Estamos a falar de uma patologia social. O peso da masculinidade existe, é uma realidade da nossa cultura. Ser homem também é isto. Quem não conseguiu libertar-se desse cânone tem estas características, funciona assim.

Não, não fui nenhuma santa. Mas como bem diz Sérgio Godinho, o passado é um país distante. Viver o presente, construindo assim o futuro, parece-me uma óptima ideia. Para que é que se massacra o próximo com os fantasmas do passado?

E para que este post não seja a depressão total, aqui fica um dado, como é que hei-de dizer, interessante, pronto, retirado da caixa sobre cirurgias de reconstrução e rejuvenescimento vaginal. Segundo o DN, "até se consegue deixar uma mulher em permanente excitação". Mmmmmm... Ok, ok. Pode parecer excessivo, mas a informação nunca fez mal a ninguém, certo?






O post já vai longo, mas ainda me falta falar sobre um outro artigo do DN, desta vez sobre a humanização nos partos. Este dá-nos a conhecer a Humpar, Associação Portuguesa para a Humanização do Parto. Apesar do tema andar à volta do parto domiciliário, sobre o qual tenho muitas dúvidas, há algo que aqui se diz e que eu senti claramente das duas vezes que pari:

"Todo o ambiente hospitalar é prejudicial ao parto. É um lugar estranho e, como tal, sentimo-nos inibidas. Aumenta o stress, logo aumenta a adrenalina e diminui a oxitocina."

As palavras são de Ana Cristina Torres, mãe de nove filhos e fundadora da Humpar. São também postos em causa vários procedimentos hospitalares rotineiros, com uma ajuda da Organização Mundial da Saúde, como o toque feito vezes sem conta ou a episotomia - que cada vez mais é vista como uma violência inaceitável.

Olho para a ilustração de André Carrilho e ocorre-me uma Moral da História: eles rasgam-nos, eles cortam-nos, eles cosem-nos, eles reconstroem-nos. E tantas vezes sem pedir licença ou sequer justificar o que raio estão a fazer ao nosso corpo. Quando é que a nossa demente sociedade vai perceber que o corpo de uma mulher só a ela pertence?

sábado, 20 de maio de 2006

Inquérito do dia

Homens e mulheres são diferentes porque:



















a) assim se podem complementar e formar um todo
b) assim não há possibilidade nenhuma de se entenderem
c) Deus estava entediado e queria animação eterna

sexta-feira, 19 de maio de 2006

Pick a Nick



Queridas MMÁs,

A Casa dos Dias da Água vai ter de passar sem nós este Domingo. Derramar lágrimas de saudade das nossas caras bonitas, vozes sedutoras, conversas inteligentes, humor cinco estrelas, e mais que já não me lembro, mas é muito.
Vamos arejar para o Parque do Alvito, com as mantitas para deitar à sombra, a lancheira com os iogurtes, e soltar as crianças e o burro que temos trazido amarrado a quinzena toda.
O encontro é temático: Pick a Nick e junta-te a nós!
Para as noviças que não nos conheçam, proponho a cada MMÁ veterna comentários com pistas muito elucidativas para nos identificarem.
Às 16h00, no Parque do ALvito, em Monsanto.
Se não souberem o que fazer aos maridos (super*homens), tragam-nos também!!!
:)

quarta-feira, 17 de maio de 2006

Agenda MAXIME


Bomba relógio

Pela primeira vez peço desculpa, porque tenho que voltar à carga e imagino que isto seja cansativo. É que estou a entrar em parafuso e gostava mesmo de tentar perceber porquê. Podem sempre ignorar-me.
Na verdade, bem vistas as coisas, nada mudou de realmente importante na minha vida para que me encontre neste estado de absoluto pessimismo. A única coisa que mudou foi a minha visão das coisas. No future, no future.
De repente deu-me para embirrar com tudo. Agora até o emprego me chateia. Neste exacto momento em que escrevo, odeio o meu emprego. É que, para piorar a situação, acabei de saber que os senhores que andam de BMW e se abastecem nas lojas gourmet vão voltar a aumentar-me o horário de trabalho e não me apetece mesmo nada pensar como é que vou resolver mais este problema. Matematicamente falando, é agora impossível ir buscar as miúdas a tempo e horas. Apetece-me pôr bombas por todo o lado. Podiam ter sido simpáticos e ter feito isto numa altura em que eu estivesse melhorzinha da cabeça. Sinto-me frágil - é esse, afinal o único problema. Uma mulher forte safa-se sempre. Estou farta desta cidade e com vontade de mudar de vida.

Péssima ideia!!

:)

E

Se um dia alguém lhe oferecer flores…
… isso é impuls(o)

[do Lat. Impulsu; força de origem biológica que provoca a actividade psicomotora do Homem e dos animais.]

Ora isto quer dizer que o mais sensato é, quando confrontada com a situação de receber nem que seja uma folha seca, fugir a sete pés.

terça-feira, 16 de maio de 2006

Eu não sou a super mulher


Desculpem mas não concordo... Não acho que seja uma heroína, não consigo fazer tudo e mais alguma coisa em pouco tempo, não faço milagres, não penso em tudo, não tenho visão raio X, não quero ser um super heroi!
Vi de passagem na montra de uma livraria na Baixa uma revista qualquer que falava sobre as novas mulheres, as super mulheres - com direito a fotografia com capa escarlate esvoaçante.
Fiquei incomodada! Eu não sou um super heroi da Marvel - tenho limites como todos, tenho que dormir, comer, tenho necessidades (coisa que os super herois não têm), vejo à mesma distância e cometo muitas vezes, felizmente, humanos erros irremediáveis.
Não sou um modelo...
Parece-me que em muitos casos as mulheres têm-se assumido nesse papel de super mulheres, com algum orgulho, numa espécie de secretismo prazenteiro nos seus super poderes. A divisão das tarefas caseiras - a má divisão no caso - passa também por esta assunção de que somos super mulheres e eles não farão nada bem. Perdoem-me mas não concordo: A cozinha e a roupa não são tarefas minhas como não são dele, e eu troco os pneus do carro tão bem quanto qualquer homem - se existem tarefas que um ou outro não gosta então que a divisão seja feita pelo entendimento - mas uma vez feita temos de assumir as consequências mesmo que isso implique que os filhos saiam vestidos de azul e amarelo....
Eu por mim não quero ser a super mulher - detesto aquela tanguinha minúscula....

Parabéns MMAna!



36!

segunda-feira, 15 de maio de 2006

Ladies, 'esposas' e cidadãs

LIBERDADE!
IGUALDADE!
OPORTINIDADE!

MEXAM-SE!

Heroínas

Temos de pensar na mulher grávida como uma heroína e num nascimento como uma dádiva para o país.

A sociedade ainda não compreende que a mulher grávida é uma heroína.

Espera-se [para ter filhos] por uma idade em que a sociedade permita que a mulher engravide sem se prejudicar na sua carreira. Biologicamente a mulher deveria ter os filhos entre os 18 e os 25 anos, vá lá, 30 anos.

Não podemos em 2006 aceitar que o sofrimento no parto seja espiritualmente útil à mulher.

Agora sinto que há algo que começa a falhar no nosso mundo civilizado, que é o diálogo entre médico e a mulher. Acho que precisamos de regressar a Kos, a ilha de Aristóteles, o homem que criou a concepção da Medicina, e recordar que ele defendia que os médicos deviam conversar, deviam ouvir e deviam informar os seus clientes.

O que considero essencial é que nenhuma mulher possa ser prejudicada na sua carreira por ter um filho: tem é de ser premiada. Alguma coisa tem que ser feita.

Temos que mudar completamente a nossa mentalidade relativamente às mães solteiras e às mães jovens.

Fico doente quando vejo, no infantário que fica ao pé de minha casa, que aí uns 80 por cento dos que levam e vão buscar os filhos são as mães. Caramba, os homens têm melhor físico, podem transportar melhor as criancinhas.

Portugal enriqueceu muito nos últimos anos, mas a evolução das mentalidades não se fez com a mesma rapidez. Se eu pensar que em 1954 estive no Norte da Europa e já aí as mulheres não eram condenadas por interromperem a gravidez...

Nós não somos moralmente melhores que os suecos ou os finlandeses. Contudo, nós criminalizamos o acto, eles não.

Na Alemanha, qualquer rapariga que queira interromper uma gravidez é ouvida por uma comissão (...). Se a mulher quiser interromper a gravidez, interrompe, não é impedida, é apenas aconselhada. Muitas destas comissões estão ligadas à Igreja, o que levou até a que o Papa João Paulo II condenasse esse comportamento da Igreja alemã. Estas comissões ajudam muito, até nas situações em que as motivações são de natureza económica, pois podem colocar-lhe meios à disposição. Mas não criticam as mulheres, pois então não seguiriam o exemplo de Cristo, que perdoava toda a gente.

Excertos da entrevista* a Albino Aroso (o pai do planeamento familiar em Portugal) dada a José Manuel Fernandes (Público) e Joana Bénard da Costa (Rádio Renascença), ontem emitida pela 2: e publicada hoje no Público.

*sobre o encerramento das maternidades

domingo, 14 de maio de 2006

Desespero sobre Tecla


AAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHH!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

uf... obrigada, sinto-me muito melhor.

sábado, 13 de maio de 2006

"Viva!... é bom sujar-se"


Nos fins-de-semana de 13 e 14, 20 e 21 e 27 e 28 de Maio, entre as 11h e as 18h, na Alameda Keil do Amaral.
Bem, estacionei com intenção de descobrir o skatodromo e encontrei este evento skyp. São 13 actividades divertidas entre as quais o surf (sem água, parece um daqueles bois americanos, bastante divertida). Há palhaços em antas e monociclos espalhados pelo auditório. A vista é, como sempre, fantástica. Há duas ou três esplanadas de cerveja e tremoços. Os putos gostam mas pareceu-me ver os pais bem mais divertidos e cheios de inveja por não participarem em tudo (eu, por exemplo).

Radio Ma Ma

Diz-se que a rádio faz companhia. Eu sou completamente viciada em rádio e é esta a companhia que elejo para tornar menos chatas as tarefas domésticas. Cozinho, passo a ferro, estendo roupa, limpo, arrumo, sempre com a rádio ligada. Até às refeições a nossa companhia é a rádio. Tenho vários aparelhos ligados pela casa, normalmente em estações diferentes. O nosso jantar é embalado pelo jazz de José Duarte na Antena 2. Já o pequeno-almoço costuma ter por banda sonora o ritmo frenético da TSF.

Esta manhã, depois de uma saída à rua que se saldou numa sangrenta queda da ML, fui até à cozinha atacar as tarefas domésticas. A TSF está a passar uma reportagem que vou ouvindo distraidamente, enquanto descasco maçãs, estendo e arrumo roupa e ponho várias maquinetas a funcionar. Depois sento-me na mesa da cozinha a comer os restos das torradas que as crianças rejeitaram ao pequeno-almoço. Eu gosto das côdeas que elas não comem com queijo de S. Jorge.

É então que presto mais atenção à reportagem que passa na rádio. Fala uma mãe de um miúdo autista. Diz ela que os pais deveriam encontrar-se nos parques infantis - pais de filhos com e sem deficiências. E acrescenta: "no último sábado de cada mês, por exemplo". O argumento é simples: se todos os pais levam os filhos aos parques, por que não combinar encontrarem-se para trocar umas ideias? Lembro-me dos argumentos da VW, que um dia li na Grande Reportagem e que me trouxeram às MMAS. Ela, que estava cansada de engatar mães em parques infantis, engatou-me logo ali nas páginas da revista.
Continuo a ouvir esta mãe. Diz que são "coisas simples", mas que "o que custa é fazer o convite". "E se ninguém aparece?" - interroga-se.

É esta a magia da rádio - tão capaz de nos tirar do marasmo e de nos salvar da estupidificação mesmo enquanto executamos tarefas menores. A rádio deixa-nos estender a roupa e depois faz-nos companhia enquanto ratamos a côdea de pão. Está sempre lá e não reclama quando nos ausentamos. A rádio, como as MMAS, põe-nos em contacto.

A piada das MMAS é que nenhuma de nós tem falta de amigos. Todas temos vida própria. Então, para quê aparecer aos Domingos na Casa dos Dias da Água? É que as MMAS são assim um bocadinho como a rádio - companhia extra, sem cobranças de espécie nenhuma.

sexta-feira, 12 de maio de 2006

Dúvida

Que serei quando for grande?

Imagem: Wang Xiao Jin

quinta-feira, 11 de maio de 2006

Passar à Acção

Sugiro que explorem esta página, com tempo. Sim, todos temos tempo escondido, procurem-no! O Graal em Portugal tem por trás nomes como o de Maria de Lourdes Pintasilgo, uma grande mulher e, para já, a única primeira-ministra por estas bandas.
Além do conceito do Banco do Tempo, que também está na origem da criação das MMAS, chamou-me a atenção a Consultoria sobre Trabalho e Família. Esta é uma das nossas queixas mais frequentes e não faz sentido aceitar as coisas como elas são. Afinal, o mundo é composto de mudança e a união faz a força. Ou não?

Quando comecei a trabalhar no meu actual emprego depois de ter sido despedida grávida, estava completamente traumatizada. Mas estando a entrar para os quadros de uma empresa pública, pensei que finalmente o meu tempo de sindicalista ia terminar. Afinal, ali, onde um acordo de empresa reza que se deve promover a conciliação trabalho/ família, a coisa devia ser respeitada, certo? Ora, precisamente por ser uma empresa pública, por o país estar em crise e por os administradores terem como única preocupação demonstrar bons resultados económicos à agência Lusa e ao Governo, o corte nas despesas (que não estou aqui a contestar) está a ser feito às cegas e com total insensibilidade social.

Mas, de que adianta chegar a esta conclusão, se nos limitamos a constatar e a não contestar? Hoje sugiro-vos que deixem germinar nas vossas cabeças a ideia de promover um inquérito nos nossos locais de trabalho, que determine se a empresa é ou não Amiga da Família. A TAP, e estou a falar de cor, já ganhou um prémio nesta área. Tendo trabalhadores por turnos, tem um infantário. Ora, eu trabalho por turnos e cada vez me complicam mais a ginástica diária entre os meus horários, os do pai e os da escola.

Eu digo que a crise não é desculpa para tudo. E que, pelo contrário, se há crise, é evidente que as famílias andam à rasca. Para quê complicar-lhes ainda mais a vida? Será alguém que não tem quem lhe vá buscar o filho à escola vai estar a produzir alegremente? Ou será que fica a maldizer o emprego e o patrão? Não seríamos todos mais produtivos se família e trabalho não chocassem? É preciso passa à acção.

Agenda


Festival Internacional de Marionetas começa hoje em Lisboa
Depois de alguma procura descobri este blog com a programação do evento.

quarta-feira, 10 de maio de 2006

A Terra sob Lisboa

A não perder

1 X 2

A minha amiga C é filha única. Há quase três anos teve a M. Ontem pariu MR: "igual à M, mas com mais cabelo". C vive à rasca, como quase todos nós, mas não precisou de fazer muitas contas para decidir que não queria ter um só filho. Foi infeliz porque parece que os amigos imaginários nem sequer se dão ao trabalho de responder quando se fala com eles. C prefere abdicar dos pequenos luxos com que hoje os pais mimam os filhos únicos, para dar à M o que dinheiro nenhum pode comprar - UMA IRMÃ a sério.

Hoje o Público dá-nos conta de mais um relatório que indica que Portugal é um dos países da União Europeia que menos ajudam as famílias. Nada de novo, claro.

As estatísticas valem o que valem, mas são indicadores importantes. Neste caso, o estudo apresenta a média do que o país gasta e não o que os cidadãos recebem. Ora, eu não recebo um tostão de abono de família (devo ser rica, pois claro) e Portugal gasta 248 euros POR ANO, por pessoa, em prestações familiares. No topo está o Luxemburgo, com 1899 euros, mas o texto refere um exemplo concreto e muito elucidativo: um casal com dois filhos recebe no Luxemburgo 611 euros POR MÊS.

Contrariando todas as estatísticas que apontam para uma drástica redução da natalidade e envelhecimento da população, C tem agora duas filhas muito desejadas. Ah valente! Desejo-te, cara amiga e compincha, muita sorte para a complexa ginástica contabilística que te espera.

Foto: "sisters holding hands", de Carolyn Sandstrom

Agenda


O Presidente da Câmara Municipal de Amarante e o Director do Museu Municipal Amadeo de Souza-Cardoso têm a honra de convidar V. Exa. a assistir à inauguração da Exposição de fotografia

“Espíritos Elementares”
de Paulo Gaspar Ferreira


a ter lugar no próximo dia 20 de Maio - Sábado - pelas 17h.30m. na Sala de Exposições Temporárias do Museu Municipal Amadeo de Souza-Cardoso.

A Exposição estará patente até ao próximo dia 18 de Junho de 2006.

Trata-se de um trabalho constituído por fotografias de pequenos fragmentos de algas do mar que, juntas com poesia, acabaram por constituir esta exposição

Acompanham estas imagens as poesias inéditas de Nuno Júdice, Yao Jinming, Ana Hatherly, António Ramos Rosa, Casimiro de Brito, Paulo Teixeira, Luís Quintais, Albano Martins, Richard Burns, Ana Marques Gastão, Ban’ya Natsuishi, João Rui de Sousa, Fernando Guimarães, Fernando Echevarria, E. M. de Melo e Castro, Rosa Alice Branco, Maria Teresa Horta para além dos textos de Tiphaigne de La Roche e António Ramos Rosa.

Alameda Teixeira de Pascoaes
4600 - 011 Amarante
telf. 255 420 272

segunda-feira, 8 de maio de 2006

8 de Maio

R-NASCEU!

(e voltei a esquecer-me do carro em frente à escola das crianças)

Explique-me como?


Eu costumo dizer que as mulheres devem ter a iniciativa e não devem esperar que sejam os homens a querer fazer amor. O facto de elas terem a iniciativa aumenta-lhes o desejo [às mulheres]. E fazer amor não deve ser a última coisa a fazer no dia. De manhã, frequentemente, o homem tem o seu desejo aumentado e é mais fácil fazer amor porque ambos estão menos cansados. Podem também fazer amor antes de jantar... Não pode ser a última coisa ao fim do dia. Aproveite estes conselhos para investir em si e melhorar a sua vida conjugal"
Dra. Maria do Céu Santo

Ops?

Gajas,

toca a fazer a pré-inscrição para irmos para o Jamor no dia 20 a partir das
11:00!

A selecção vai lá estar!!! err... mas sim, o futebol em si é que
interessa...;)

Aqui

Aconteceu…


1. Não fosse o Harry Potter e estaria o planeta condenado a pensar à priori nas bruxas como mulheres.

2. Qual o sexo da maioria dos leitores da secção de astrologia nos jornais? – pergunta difícil, já sabemos.

3. Serão as gajas mais dadas a questões espirituais/esotéricas/místicas? – dão-se alvíssaras a quem se opuser ao cliché.

Foi mesmo por um grande acaso – ??? – mas no dia da mãe, as MMÁs estiveram à roda da fogueira (desta vez não houve chacina), a ouvir uma mulher, também mãe, ‘bem bruxa – eheheheh, ainda bem - e mais moderna’ Patch falar sobre o que é isso das cartas de Tarot.

Não houve consultas nem premonições, a sorte e o azar não foram palavras de ordem, felizmente, e não se pedem conselhos sobre o carro a comprar, o marido a emprestar, os filhos a educar. A lógica é de self-qualquer-coisa, com direito a explicações detalhadas de muitos mitos que as cartinhas trazem representados. Foi bom sair do prático, material, científico, rectilíneo, for a change!

Obrigada Patch pelas palavrinhas de veludo, e as cartinha de entrudo!

PATCH
Private Tarot
Readings and Workshops
[933 209 452 · patch@mail.pt]

… no Dia da MMãe






EnCoNtRoS dO OlHaR com Mário Azevedo


Ora aqui está uma informação que as MMÁs receberam por mail:
"Encontros do Olhar": Conferência do Prof. Mário Azevedo, um musicólogo que trará dúvidas e pontos de partida para pensar.
-“Ó Mãe, porque é que o ouvido não tem pálpebras?” - A interrogação de João (nome fictício de uma criança de oito anos e meio) serve de mote a uma reflexão que procurará abordar a especificidade do sentido da audição, enaltecer a arte de recuperar a beleza dos sons e estimular pontos de contacto entre o ouvir e o ver.
E para quê?
Para que a visão tenha ciúmes e se comprometa a trabalhar com a audição. Ou será que sempre foi assim?
A ver vamos, ou melhor, a 'ouver' vamos!...
"(...) Porque eu sou do tamanho do que vejo e não do tamanho da minha altura..."
Alberto Caeiro in "O Guardador de Rebanhos"

Hoje, 8 de Maio, pelas 21.30 horas, no Instituto Português de Fotografia, no Porto

Mais contactos:
Paulo Gaspar Ferreira
Rua da Vitória, 129, Porto
Telefone - 22 33 26 875
Móvel – 91 999 15 97
encontros.do.olhar@ipf.pt

domingo, 7 de maio de 2006

Prenda do dia da Mãe

- Mimi, tens água de fazer falar?
- Não.
- Porquê?
- Porque com uma filha como tu não preciso...
- Porquê?
- Porque tu falas tanto que vales por todos os litros de água de falar do mundo.
- Mas olha, Mimi... (pausa) Sabes porque é que eu falo muito? (pausa) Porque nasci assim!
- É isso mesmo, já nasceste assim, tens todo a razão.
- E sabes porque é que eu nunca estou calada? (pausa) Sabes? (pausa) Porque não consigo guardar!
- Não consegues guardar o quê?
- Não consigo guardar as palavras só para mim!

MMAS no papel

do DN