Hoje recebi uma carta por correio. Céus, há quanto tempo não abria um envelope azul, com papel lá dentro, e uma caligrafia para decifrar. Vinha de uma amiga que mora a 300 quilómetros, perto do mar, e que ainda hoje me parece um bocadinho feita de qualquer material desconhecido, prestes a desmontar-se a qualquer momento, porque não a consigo bem enfiar nos conceitos que fui elaborando sobre o mundo, as pessoas, os bichos, as plantas. Logo no cabeçalho, li Vietname, mas depois rectifiquei. Bolas, Vietname? Tu de facto precisas de óculos. Sim, tu! Eu? Sim, eu.
Curiosamente acho que esta coisa dos pronomes pessoais é uma das questões gramático-metafísicas mais difíceis de explicar às crianças.
-"Oh miúda, tu não me sujes com essas mãos cheias de chocolate".
-“Tu mexes!”.
-"Não, tu és eu, não percebes? Eu sou eu, e tu és tu. Ou melhor, tu és eu. Tu dizes “Eu mexo”, eu é que digo que tu não mexes.
Ufa.
Querida amiga M., se tu não tivesses estado tão perto, alguns dias e noites teriam sido muito menos claros, muito mais escuros.
Péssima, estás aí? O meu computador funciona há 24 horas sem ataques epiléticos. Perdi o meu móvel, mandei cancelar o cartão, pedi nova via da coisa, fiquei sem os contactos. Podes ligar-me?
ResponderEliminarBeijos
ahahahhaahahah
ResponderEliminarbem, eu queria assinar esta coisa, mas, como é hábito esqueci-me da senha de acesso!
Vou enviar-te um mail com os contactos.
eu, pior que má: péssima.
consegui!
ResponderEliminarAqui estou - Waked Woman - melhor tarde que nunca.
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