segunda-feira, 5 de dezembro de 2005

Rascunho de lista

A árvore está decorada com espaços em aberto para algo que há-de chegar. As luzes cintilam com as vontades da programação múltipla. A contagem decrescente faz-se lembrar constantemente com quero istos e aquilos:
– mano como se escleve sponge..
– S…P…O…
– Não, não, já não quelo o sponge, quelo umas botas, mano, mano, como se escleve botas?
– B…O…T…
– Não, tamém não, como se escle…
– Raio do puto que não se decide… ó mãeeeee o piolho está a chatear-me!
– N’stou nada.
– Estás.
– Não.
– Sim.
– Tu é que começaste!
– Ó dãhh!!! Tu é que precisas que te digam como se escrevem as palavras…
– Puke sou mai novo inda não sei scevê
– Então telefona, pode ser que o Pai Natal te perceba.
– Ó mama qual é o telefone do Pai Natal??
– Amanhã eu dou-to, agora ele está a dormir…
– ehhh tá semple a dulmirrr...
– Tá nada, não vez que é da diferença horária, entretém o bicho-das-castanhas.

: )

2 comentários:

  1. Que tal telefonares amanhã à noite cá para casa e ponho o esposo a fazer de pai Natal com sotaque e tudo?

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  2. Pois, o telefonar é uma hipótese válida para quando eu arranjar o tal prontuário, ou um tradutor de fanhozês, pelo menos.
    Quanto à desmistificação de sonhos… não sei, não me apetece. O meu mais velho sondou-me em tom de desafio “O Pai Natal não existe pois não?” e eu respondi indignada que cada um acredita no que quer “eu acredito”…
    É tão bom sermos enganados com estas pequenas coisas. Pelo menos é mais simples acreditar num pai natal que na paz dos iguais e até, atrevo-me, mais realista!
    :)

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