As ‘mmás’ são um espaço e um tempo para experimentação não isolada.
Uma forma de sair do armário da maternidade, com liberdade para que mães, mulheres anónimas, se exponham, se interiorizem, se lembrem, se banalizem, se encontrem, se distanciem, se analisem, se ilibem ou o que bem entenderem.
quarta-feira, 22 de março de 2006
Sinto-me com sorte
Depois de responder ao post de Lady imim, abri uma página do google e enfiei a palavra striptease.
O azar tem destas sortes, ou a sorte tem destes azares...
Et voilá: encontrei o que me parece um workshop muito in, próprio para uma sessão de MMÁs.
aqui há uns anos, vi um documentário belíssimo sobre mulheres sem mamas. não eram mamas pequenas, eram não-mamas. Lá apareciam elas, umas ainda sem, outras já com silicone, a falar do trauma que é ser mulher e não ter mamas. arrepiante.
nós talvez pudessemos fazer um sobre mamas que deram de mamar. era bonito, ai se era
Quando tive a MB, estava na enfermaria uma mãe a secar o leite porque não queria estragar as mamas a dar de mamar. Espero que aos 80 anos ainda tenha tudo no sítio...
há um tempo atrás escrevi isto, inspirada pela minha vizinha que ainda dá de mamar à filha que já tem 3 anos: "Ainda não entendi o que vai acontecer de vez ao meu corpo. Primeiro, fiquei com uma barriga que parecia um acordeão. Quando me sentava no sofá e puxava da mama para te dar de beber, o meu ventre babava-se como um queijo amanteigado até voltar a esconder-me o sexo da vista, como aconteceu durante meses e meses quando te tinha lá dentro. A miúda agarrada ao bico da mama, preocupada em sobrevier e eu ali, prostrada com a visão de um corpo esquisito, sem forma concreta, com saudades do passado. Não queria pensar sequer no assunto. Deus, e o peito? Aquela coisa do leite a subir, sabe-se lá de onde, aquilo era como ter uma erecção, sim, imagino, pois a coisa de repente ganhava uma tesão desmesurada, e parecia que rebentava. Havia uma história qualquer de um bicho, acho que era uma raposa, que um dia acordava com a barriga cheia de pedras e afundava-se num rio, e era mesmo assim que eu me sentia, prestes a sucumbir com tamanho jardim de pedras no peito, que se transformava num rio de leite aparentemente gostoso. Não sei, há mulheres que sentem nesta coisa de dar de mamar uma espécie de oportunidade de preconizar um erotismo único, talvez o único erotismo que alguma vez puderam aceitar ao longo da vida, e rezam para que nunca mais acabe, para que aquela tesão sem fim se prolongue. E depois gostam de ter a criança sentada, cheia de dentes na boca, a mamar-lhe as entranhas. Eu acho a coisa disgusting".
... resta dizer que dei de mamar à minha filha com muito gosto, conscientemente. Mas quando aquilo acabou eu fiquei super contente.
Para mim foi das sensações mais gratificantes, sem erotismos e sem tesões, apenas sublime. Dei de mamar aos meus até aos nove meses (alambazados, eles e eu, claro).
WW, Já tinha saudades! Aliás, j a estava para postar um 'reclame' de atenção, à semelhança do que a minha filha faz comigo (sem o grito, obviamente, que não temos plataforma sonora). Acho que hoje consigo uma foto da Ursula, exactamente do ponto onde a vimos, WW, e depois podemos relembrar. Espero que esteja tudo a correr bem with you. Bjs VW
WW, tu devias também ganhar um eurommás! Respect! Essa coluna vertebral tem mt power,... Às vezes aquela máxima do Calvin - nada está tão mal que não possa piorar - tem-me dado muito ânimo. :)
Igreja dos pastorinhos... mmmm esse tipo pensou que tu eras tipo aparição de Fátima. És capaz de ter sido sorte,... com tanta agilidade mental, ainda te estragava a boa ressaca musical do concerto. :) Além disso quem tocou no carrilhão foste tu - uma coisa que ainda tenho de fazer em grande, está lá no fundo da vontade há muito tempo. Pôr a cabeça dentro de um! Deve ter qualquer coisa de divino, creio! :)
12 comentários:
:) levamos as crianças ou contratamos a BS?
contratamos, alugamos, subornamos, exigimos, refilamos, chantageamos os PHAS para ficarem com as crianças em lugar isento. :)
imagem maravilhosa, como as mmas...
aqui há uns anos, vi um documentário belíssimo sobre mulheres sem mamas. não eram mamas pequenas, eram não-mamas. Lá apareciam elas, umas ainda sem, outras já com silicone, a falar do trauma que é ser mulher e não ter mamas. arrepiante.
nós talvez pudessemos fazer um sobre mamas que deram de mamar. era bonito, ai se era
O antes e o depois de uma mama mamada!
sim.... grandioso (volumétreico, pelo menos).
Quando tive a MB, estava na enfermaria uma mãe a secar o leite porque não queria estragar as mamas a dar de mamar. Espero que aos 80 anos ainda tenha tudo no sítio...
há um tempo atrás escrevi isto, inspirada pela minha vizinha que ainda dá de mamar à filha que já tem 3 anos:
"Ainda não entendi o que vai acontecer de vez ao meu corpo. Primeiro, fiquei com uma barriga que parecia um acordeão. Quando me sentava no sofá e puxava da mama para te dar de beber, o meu ventre babava-se como um queijo amanteigado até voltar a esconder-me o sexo da vista, como aconteceu durante meses e meses quando te tinha lá dentro. A miúda agarrada ao bico da mama, preocupada em sobrevier e eu ali, prostrada com a visão de um corpo esquisito, sem forma concreta, com saudades do passado. Não queria pensar sequer no assunto. Deus, e o peito? Aquela coisa do leite a subir, sabe-se lá de onde, aquilo era como ter uma erecção, sim, imagino, pois a coisa de repente ganhava uma tesão desmesurada, e parecia que rebentava. Havia uma história qualquer de um bicho, acho que era uma raposa, que um dia acordava com a barriga cheia de pedras e afundava-se num rio, e era mesmo assim que eu me sentia, prestes a sucumbir com tamanho jardim de pedras no peito, que se transformava num rio de leite aparentemente gostoso. Não sei, há mulheres que sentem nesta coisa de dar de mamar uma espécie de oportunidade de preconizar um erotismo único, talvez o único erotismo que alguma vez puderam aceitar ao longo da vida, e rezam para que nunca mais acabe, para que aquela tesão sem fim se prolongue. E depois gostam de ter a criança sentada, cheia de dentes na boca, a mamar-lhe as entranhas. Eu acho a coisa disgusting".
... resta dizer que dei de mamar à minha filha com muito gosto, conscientemente. Mas quando aquilo acabou eu fiquei super contente.
Para mim foi das sensações mais gratificantes, sem erotismos e sem tesões, apenas sublime.
Dei de mamar aos meus até aos nove meses (alambazados, eles e eu, claro).
Mimi:
fiz um post para responder ao teu comentário, sobre os emigrantes ilegais lá onde moro, no Canadá... :(
***
WW,
Já tinha saudades! Aliás, j
a estava para postar um 'reclame' de atenção, à semelhança do que a minha filha faz comigo (sem o grito, obviamente, que não temos plataforma sonora).
Acho que hoje consigo uma foto da Ursula, exactamente do ponto onde a vimos, WW, e depois podemos relembrar. Espero que esteja tudo a correr bem with you.
Bjs
VW
WW, tu devias também ganhar um eurommás! Respect! Essa coluna vertebral tem mt power,...
Às vezes aquela máxima do Calvin - nada está tão mal que não possa piorar - tem-me dado muito ânimo.
:)
Igreja dos pastorinhos... mmmm esse tipo pensou que tu eras tipo aparição de Fátima. És capaz de ter sido sorte,... com tanta agilidade mental, ainda te estragava a boa ressaca musical do concerto.
:)
Além disso quem tocou no carrilhão foste tu - uma coisa que ainda tenho de fazer em grande, está lá no fundo da vontade há muito tempo. Pôr a cabeça dentro de um!
Deve ter qualquer coisa de divino, creio!
:)
DELE? CARRILHÃO? ehehehehhehe
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