Eu já sabia que ia ouvir isto um dia, mas só esperava lá mais para os dezasseis, ou, se precoce na rebeldia, pelos menos aos catorze...
Mas não.
Do alto dos seus dois anos e meio a L disse, com a clareza de palavras que lhe assiste e que muito nos orgulha: Não quero ir para casa, quero fugir de casa!
Contextualizemos: a opção era ficar dentro do carro, à porta de casa, a acabar de ouvir o CD da carochinha lá pelas 20h30, ainda sem banho e jantar... Era mesmo teimosia, vincada por aquelas palavras que ela ouviu sei lá onde (estou sempre a ficar surpreendida) mas devo dizer que, passada a enorme gargalhada que dei, espontaneamente, tudo aquilo me pareceu muito mal...
2 comentários:
A propósito dessas "palavras" e "frases" que os ouvimos dizer e que não sabemos de onde vêm, já me habituei a escutá-las com atenção.
É sempre um bom caminho para nos levar até ao dia a dia dos seus infantários.
Comecei por levar bem em conta os ccomentários do mais velho que tem 7 anos.
Com a B faço o mesmo. Os discursos dela têm-me dado pistas. Principalmente quando está a brincar sozinha e reproduz frases e conversas das quais ela faz as duas falas.
Com o mais velho mantenho a mesmo disciplina.
Estarmos atentos e DISPONÍVEIS para ouvir às vezes pode parecer inacto ou simples mas exige esforço da nossa parte, porque nem sempre eles "deitam cá para fora" o seu quotidiano, nos pormenores que nos interessam.
Tenho a certeza que senão fosse por, por vezes, puxar um fiozinho de um comentário dele que me suscita curiosidade, não saberia metade das coisas que sei que se passam na escola.
A MB também já quis sair de casa... Queria ir morar com a avó, que tem TV Cabo...
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