sexta-feira, 18 de agosto de 2006

Não abdico, não abdiquei


De férias no meio do mato
De uma linda cabana, isolamento
De silêncio e voz do mar
De ratos e osgas, cobras e lagartos
De pés sujos
De terra, cactos e factos
De entrar numa festa sempre pelo corredor central
De olhar nos olhos dos copos
De beijar a minha filha na boca, ‘sôssos’ do melhor que há
De roubar uma sesta ou outra
De fugir do chuveiro, cheirar a sal, cloro e churrasco. Tabaco, claro.
De ter o carro mais sujo do mundo
De o lavar quando chegar a altura
De abrir excepções a tudo, à rotina da cantina
De me rir e ser ridícula
De o mandar dar uma curva e lhe dar boleia a seguir
De o possuir ao luar
'Diu' olhar
Dos TACs à minha filha (ataques de beijos na coluna, Técnica do Amor Compreensivo)
:)
De me transformar no monstro do sovaco, bicho horribilis que lhe beija as conchas suadinhas
De fazer listas de compras que sempre perco pré-prateleira
De cantar ao volante, improvisar, largar as mãos e fechar os olhos, até alguém me substituir, vá lá
De preguiçar
Gastar
De voltar, lamentar, saudosar as maravilhosas férias a três, na cabana do Luís, com vista azul para o mar.

2 comentários:

Mimi disse...

olá meninas!
encontrei net no portugal profundo!
aquele abraço e até ao meu regresso!
bj

Cristina disse...

Também vou... Finalmente... De férias!
Leio os vossos relatos e fico cheia de inveja mas agora é a minha vez!
Bom verão a todas.