sexta-feira, 29 de dezembro de 2006

Trevo


Os amigos dizem que estou com defeito!!! Do tipo... disco riscado ou ficheiro envirusado.
Até acho que têm razão, mas não me incomodo não.

Um beijo, mmás!

quarta-feira, 27 de dezembro de 2006

NÃO


Comprei 6 prendas e nenhuma para a L.
Não mandei mensagens,fiz dois telefonemas e mandei dois cartões
Jantei com os melhores amigos de véspera.
Fiz os coscorões da avó, porque já não há avó.
Não corri, andei devagar e vi as luzes.
Brinquei
No fundo até não foi um mau natal....

Em algum ponto teremos de parar este consumismo desenfreado. Eu comecei já!

sexta-feira, 22 de dezembro de 2006

quarta-feira, 20 de dezembro de 2006

Conheci-as de raspão













almada negreiros
A C. foi educadora do meu filho mais velho. Na altura, a C. estava grávida. Cumpriu um, talvez dois meses, antes de meter baixa. Quando a bebé nasceu descobriu que tinha um cancro.
A C. morreu na semana passada. Deixou duas meninas, uma de 2 anos e outra de 4.
A L., colega de profissão, sofreu hoje uma paragem cardíaca. Estava grávida de 7 meses.
Fica aqui o meu respeito por estas vidas, por estas mortes, por estas mulheres, por estes bebés, por estes familiares que têm que continuar a olhar para a frente.


domingo, 17 de dezembro de 2006

Natal na capital

Estive ontem e já me safei. Livros de criança a um euro, entre outras propostas. Comes e bebes. Sem stress.



Editoras de livros, zines e discos: An Other Thinking Productions - Associação Chili Com Carne (c/ MMMNNNRRRG, Opuntia Books, edições estrangeiras) - Bedeteca de Beja (c/ Alçapão) - Bíblia - Coice de Mula - El Pep - Filipe Leote - Grain of Sound (c/Ristretto) - Groovie Records - Imprensa Canalha - Mike Goes West - A Mula - NLF - Nono Império (c/ Blazt, All*girlzine, BD Jazz) - Thisco (c/ Base) - Volte-Face - Zerowork... a confirmar: Bor Land - DJ Ardo - Matarroa - Merzbau - Montesinos (c/ Satélite Internacional, ...) - Polvo - Raging Planet...
Artesanato urbano: Retrosaria dos sonhos (bonecos em pano e acessórios), Isabel Tomás (acessórios), Limalha (joalharia), Mão Maria (acessórios), Raquel Martins (doces, acessórios), Manuel Leitão (livros de autor, câmaras fotográficas clássicas), Zingarelho (trabalhos em tecido), Anabelo Matos (acessórios), Ar de Graça (tricotados, acessórios), Sarapico (trabalho em lã e tecido), Inês Mota (joalharia) , Coisas Simples (acessórios), Piggy (objectos em pasta de papel), Dina ladina (peças de autor em tecido e lã), Pedro Barreto (objectos em papel artesanal), Marta Gregório (pins), Lucas Almeida (zines, objectos de barro e tecido), Sofia Frazão (pins, postais, packs ID, caleidoscópios), Maria Bacharel (malas, sacos para molas e chá), Paula Lopes (doces tradicionais, objectos feitos a partir de materiais recicláveis), Emília Lopes (malas e brincos feitos de sacos de plástico e materiais reciclados), Única (malas, acessórios e livros da editora Media Vaca), Leonor Clara (comida vegetariana variada, chás, bolos), Ângela Orbay (pintura aplicada em tecido), Diana Regal (objectos em massa de pão, bonecas de inspiração tradicional), Jorge Duque (produtos da terra), Sandra Guerreiro (malas e acessórios), Entulho Craft (vestuário, pregadeiras, crachás feitos de materiais recicláveis), Luísa Baptista (trabalhos em patchwork), Robô Maria (bordados e colagens subversivas, zines), Sílvia Gonçalves (bonecas de inspiração tradicional em pano), Moio Design (bd em cerâmica) ...

Novidades:- Aleksandar Zograf (col. Checkpoint, Mike Goes West) serigrafia- Buzz in my head (Groovie + Monstro) vinil 7" dos MQN- Deadline Now (Thisco + Fonoteca de Lisboa) CD do Phil Von- Fato de Macaco: O Símbolo (El Pep) livro de Rui Gamito- Gianluca Constantini (col. Checkpoint, Mike Goes west) serigrafia- Riyaz Master (Thisco + Fonoteca de Lisboa) CD compilado por Sigmoon (dos Von Magnet)- O Hábito faz o monstro #7 (Lucas Almeida) zine- Mesinha de Cabeceira Popular #200 (Chili Com Carne) zine- Study (Grain of Sound) CD de @c- Test Loops (Ristretto) CD-R de Gigantiq- Venda Ambulante Quatro Estações (col. Comércio Tradicional, Mike Goes West) serigrafia de Daniel Lopes- Volte-Face #2 (Conflito Estético) revista- ... (An Other Thinking Productions) zine- ... (col. Comércio Tradicional, Mike Goes West) serigrafia de João Fazenda
...
mais informações:
José Feitor: 919754468
Sandy Gageiro: 914845837
feiralaica@yahoo.com ou ccc@chilicomcarne.com

domingo, 10 de dezembro de 2006

O Anexo



Ando em fase de revolta grave contra o estúpido quotidiano. Tudo me irrita: o pó dos móveis, as promoções no supermercado, as birras com ou sem justificação, o autismo do gajo, a falta de génio das chefias. A minha vida anda um tédio completo. O eléctrico nunca descarrila comigo lá dentro, a chuva continua a molhar-me a roupa, o tipo não me surpreende (nem eu a ele) e o Primeiro-Palerma insiste naquela conversa fiada da crise-blá-blá-blá-sacrifício-blá-blá-blá. Há dias apanhei por acaso um concerto extraordinário na ZDB. Foi a coisa mais fora do vulgar que me aconteceu nos últimos tempos. De resto, tudo se passa com uma previsibilidade insuportável. Eu própria estou insuportavelmente previsível.

Mas ontem...

Ontem uma amiga de longa data, e agora vizinha de bairro, convidou-me para lanchar no anexo dela. A Helena tem uma alminha rara. Sempre nos entendemos bem. Houve um dia, teria eu aí uns 8 anos e veio à conversa, já não me lembro bem a que propósito, um trauma dela. Uma fobia, um medo, qualquer coisa por aí. Ao meu porquê, responde-me com a Segunda Guerra Mundial. Demorei a perceber. Para mim, a segunda grande guerra era uma coisa longínqua volta e meia desenterrada pelos episódios que os meus avós contavam. Coisas simples, como a chatice que era conseguir contornar o racionamento do açúcar. A parte dos campos de concentração era mais difícil de assimilar, não havia sabedoria histórica que me conseguisse enfiar aquilo na cabeça. Fosse como fosse, eram histórias de avós. Velhotes. Como, mas como é que era possível, que a minha amiga tivesse memória da Segunda Guerra? Havia aqui uma impossibilidade qualquer.

Descobri nesse dia que a Helena não tinha mais ou menos a minha idade. Era mais nova do que os meus avós, sim, mas mais velha do que a minha própria mãe!

Ontem, fui lanchar ao anexo dela. Tem o hábito de levar os amigos para o anexo porque lhe faltam as assoalhadas e a pachorra para organizar festas. Nunca põe os pés na cozinha, ponto final. O convite repetia-se há já algum tempo, mas por um motivo ou outro as malditas agendas andavam sempre desencontradas. Este sábado lá fui, com as duas crias penduradas. Recebeu-nos sorridente, à porta. Ou melhor, ao portão. Primeiro, fez-nos uma visita guiada pelos maravilhosos jardins. Contou-nos a história do seu anexo, de como esteve à beira da ruína quando foi propriedade do Estado e de como foi finalmente recuperado. Depois entrámos no edifício propriamente dito e espreitámos todos os recantos até chegarmos ao nosso destino - o bar. Isto é um castelo? - perguntava a MB, maravilhada. Não, é um palácio - respondeu a minha amiga.



Com o sentido de humor que a caracteriza, a Helena chama ao Hotel Pestana Palace "o meu anexo". Conta que sempre se passeou por ali e que lhe doía a alma ao ver o belíssimo palácio a cair aos pedaços. Depois chegou o dia em que foi vendido e enfim recuperado. Quando o hotel abriu, resolveu ir ver como tinha ficado. Entrou, relata, nos seus trajes habituais - chinelos de enfiar o dedo, balandrau coçado. Foi tratada como se fosse uma rainha. Desde então passou a receber os amigos no bar do Pestana, ali no Alto de Santo Amaro.

E ali escapei ao tédio por uma tarde, comendo tapas e bebendo vinho tinto.

terça-feira, 5 de dezembro de 2006

Upa upa

Berrei
Insultei
Assobiei
Aplaudi
Ri
Gesticulei
Gritei ainda mais
Fiquei sem voz, mesmo assim insisti.

Pois é, fui ver e gostei.
Estive 3 horas na fila para entrar. Fi-lo pelos meus filhos mas garanto-vos que quem saiu a ganhar fui eu. Hoje, depois de tanto berro, sinto-me nova. E não tarda nada vou estar na fila para os autógrafos.

Agressivo para os miúdos… Não concordo. Prefiro o wrestling ao telejornal.


Undertaker e Kane

ON


Um zepelim sobrevoa a baixa de Lisboa a pouca altitude. Perto da montanha enevoada do castelo, surge uma escada vinda do céu, de onde descem cinco personagens vindas do além. São os membros da tripulação LED ON – The Led Zeppelin Attitude Band, que tocam, sim, TOCAM no Santiago Alquimista, sábado, dia 9 de Dezembro 2006!!

sexta-feira, 1 de dezembro de 2006

quinta-feira, 30 de novembro de 2006

Da velocidade


Talvez seja altura de retomar as palavras em que radicou o espaço MMA’s:

"Espaço e tempo para experimentação não isolada. Uma forma de sair do armário da maternidade, com liberdade para que mães, mulheres anónimas, se exponham, se interiorizem, se lembrem, se banalizem, se encontrem, se distanciem, se analisem, se ilibem ou o que bem entenderem."

Ou o que bem entenderem.....

Não é um espaço de obrigação, não teremos de escrever sempre como temos de agir sempre, alimentar sempre, vestir sempre, estar sempre sorridentes. Aqui não – hoje sou voyeur, amanhã militante...

As casa nem sempre estão cheias de gente mas não é por isso que ficam mais vazias....

Não estamos a morrer – aqui fazemos de facto o que bem entendemos, ainda que seja fazer nada!

Aqui vai a minha mão cheia de NADA queridas MMA’s!

quarta-feira, 29 de novembro de 2006

Com (impa)ciência, Brigitte Fontaine, sff

Hipoconsciente 2

Superconsciente 1

Velocidade



Um amigo ligou-me há minutos. No meio da conversa, saiu um “tenho ido ao ‘teu’ blog, aquilo está a morrer”. Desliguei o telefone. Fui à cama da minha raposa, que chorava de choro entupido, por causa de um ouvido vermelho, inflamado. Sentei-me de novo ao computador. Aqui estou. Sem saber por onde começar. Há dois dias percebi que preciso de pensar. Só isso. Pensar sobre mim. Parar as máquinas (raios partam a da roupa e de secar, que todas as noites ou quase todas, ali ficam a lavar roupa suja como duas comadres carpideiras, blá blá blé, blé blá blá), desligar este PC, deitar-me no chão, fechar os livros, parar os relógios, fechar o barulho da rua dentro da embalagem de comida da tartaruga que parece hibernar, mais ou menos, assim assim, sem levar nada à boca desde que uma amiga a trouxe cá para casa e lhe comprámos uma ilha deserta para viver um amor e uma cabana no pior dos mundos: sozinha. Perdi-me para variar. É por isso que preciso parar, pensar. Estou sempre a perder-me em isto e em aquilo. Como se tivesse em minha cabeça os textos do Almada, aqueles que simulam o funcionamento de uma fábrica. É assim que me penso, como uma fábrica que trabalha por turnos, sem arrefecer jamais os motores, com as correntes e as válvulas a fumegar, gastas e roufenhas. Este texto é igual ao original, não lhe mudei uma vírgula, pois tenho uma fúria de chegar a algum lado, e vou deixando trapos à minha passagem, trapos de ariana, para voltar a casa, eu própria, sem regressar nua. Vou-me assim despindo de coisas que o corpo e o outro corpo - o tal que está dentro do primeiro e não se vê – reciclam numa cadeia alimentar sem alimentos que se faz de in put out put, put in, put out, mas put, put, put, put. Se este blog está a morrer é bom que morra em paz. Eu tenho pouca vontade de ficar sem ele, mas a verdade é que ando muda. Tenho poucos comentários a fazer, poucas mensagem a dizer. Porque estou em trânsito, em hora de ponta de mim própria, com o mundo a transitar à volta e a muito mais velocidade do que a permitida por lei. Estou a abrir, e quero só fechar.

quarta-feira, 22 de novembro de 2006

Velhos são os trapos



Chimpanzés preferem acasalar com fêmeas mais velhas
As cópulas iniciadas por iniciativa do macho aumentam com a idade das fêmeas. E o número de machos num grupo é maior se estiverem presentes fêmeas mais velhas
Os machos chimpanzés e os humanos são diferentes no que respeita a preferências na idade das fêmeas para acasalar. Apesar de, tal como nos humanos, preferirem algumas fêmeas em vez de outras, os chimpanzés sentem-se mais atraídos por fêmeas mais velhas. São as conclusões de um trabalho realizado por cientistas das universidades de Harvard e de Boston, publicado ontem na revista Current Biology.Enquanto os chimpanzés têm um sistema de acasalamento promíscuo, os humanos formam relações de acasalamento invulgarmente longas, o que torna as fêmeas jovens, com maior potencial reprodutivo, mais atraentes. Estudos multiculturais indicam que a atractividade feminina humana tem, em geral, um pico antes da maternidade e decai com o envelhecimento. Pensa-se que a menopausa, que limita a fertilidade futura, acentua a preferência por mulheres jovens. Teoricamente, numa espécie sem menopausa nem relações duradouras, os machos não deviam sentir-se mais atraídos por parceiras jovens. Esta foi a hipótese que a equipa de Martin Muller, da Universidade de Boston, testou, estudando os nossos parentes mais próximos, que são promíscuos e as fêmeas permanecem férteis toda a vida.Os cientistas estudaram as preferências de acasalamento da comunidade de chimpanzés Kanyawara do Parque Nacional Kibale, no Uganda, durante oito anos. É complicado inferir as preferências a partir dos dados de acasalamentos efectivamente consumados, porque cada cópula reflecte sempre algum compromisso entre as duas estratégias reprodutivas, do macho e da fêmea.Os machos nem sempre conseguem acasalar com as suas parceiras preferidas. Seja porque a competição com outros machos é intensa ou porque as fêmeas expressam preferências conflituosas. Por isso, os investigadores usaram múltiplas abordagens para avaliar a atractividade das fêmeas. O primeiro é a abordagem para a cópula. As cópulas de chimpanzés são frequentemente precedidas por comportamentos de corte masculinos, como observar fixamente a fêmea com o pénis erecto. Depois, tanto o macho como a fêmea se podem aproximar para acasalar. Os investigadores verificaram que as cópulas iniciadas por iniciativa do macho aumentam com a idade das fêmeas. E o número de machos num grupo é maior se estiverem presentes fêmeas mais velhas. Uma terceira análise demonstrou que as fêmeas mais velhas têm uma taxa de cópula mais alta com machos de elevado estatuto. Como os machos dominantes têm mais possibilidades de realizar as suas preferências de acasalamento, trata-se de uma indicação da preferência masculina.Segundo os autores, os dados distinguem solidamente os padrões de preferências de humanos e chimpanzés, indicando que a preferência dos homens por mulheres jovens é uma característica que surgiu como resposta adaptativa à tendência humana para formar ligações duradouras.
Será certo que os homens preferem mesmo mulheres mais novas? Há algumas explicações para isso: o pico da fertilidade nas mulheres é entre os 20 e os 24 anos, e pelos 50 anos chega à menopausa. Mas os homens, em teoria, podem continuar a fazer filhos até morrerem. Por outro lado, diz-se que as mulheres preferem homens mais velhos por terem uma posição social mais elevada. Estas ideias são explicadas, por exemplo, no livro A Sobrevivência dos Mais Belos, de Nancy Etcoff (Replicação). Mas o primatólogo Frans de Waal, da Universidade de Emory (EUA), disse à revista Science que os dados sobre os hábitos de acasalamento em várias culturas não permitem fazer comparações com os chimpanzés: "Toda a gente pensa que os homens preferem mulheres mais jovens. Mas todos os resultados humanos se baseiam em questionários e na selecção de fotografias de mulheres que consideram atraentes. Não sabemos se na vida real fariam o mesmo." C.B.

no Público d'hoje

1


Ontem vi uma vaca com duas cabeças no campo, enquanto agarrada ao volante do meu novo carro em segunda mão nas planícies verde fluorescente do Alentejo pensava que até valia a pena converter-me ao tunning, criar uma banda de garagem, pôr um anúncio no jornal a pedir umas horas emprestadas, dar mais espaço a mim pessoa e à minha filha idem, beijar o pé aleijado do meu marido agora de canadianas, enfiar um grito pela janela fora de agradecimento à vida, tomar banho na banheira de um pastel de nata, injectar cafeina na veia, dormir dois meses seguidos, tirar um fim-se-semana de boémia e estravagância em Paris, Rio, Dakar, passar a dormir vestida, mais ainda do que já o faço, pagar uma cirurgia plástica aos dedos que se atendinitam nas teclas do PC, sair nua ao Chiado, contratar uma infidelidade de qualquer género menos o plágio, fazer uma festa gigante com todas as pessoas que adoro, embebedar-me até ao joelho, pagar promessas que nunca cheguei a fazer, dormir ao relento, pescar no mar, inventar inventar inventar inventar inventar inventar idem idem ide ide i.....
Mmá, por afeição. Um ano. Um plano. Um intervalo. Uma fotografia de madame Gallas.

segunda-feira, 20 de novembro de 2006

coincidencias?!


A dada altura resolvi comprar dois daqueles muito em voga bambus verdinhos para juntar a um já mais antigo que desesperava sozinho lá em casa... presente de final de ano dos alunos do N.
Uma amiga, certo dia, gabou o conjunto, porque cheio de rebentos e pujante, e contou-me que, ao que parece, são plantas muito sensíveis que reflectem os estados de espírito dos seus possuidores. Pragmática como sempre, anuí um “hum, ai é?” inconsequente.

Na semana passada murchou um dos bambus.

O meu pragmatismo vacilou e eu acho que fiquei com mais uns cabelos brancos aqui, bem no centro do risco ao meio.

Parabéns a vocês

Parabéns a vocês
Queridas mmás deste mundo
Obrigado por existirem
Guardo-vos cá bem fundo

Passámos um ano juntas
Mesmo que com ausência
Vejo-a como bom sinal
Canto a minha sobrevivência :)

quarta-feira, 15 de novembro de 2006

Dia sim Dia não



















Às vezes gostava de ter nascido mulher muito elementar e fértil ou muito sofisticada e infértil.


do livro A Cruz de Santo André, de Camilo José Cela

segunda-feira, 13 de novembro de 2006

gosto disto



mais informações aqui

Já vos contei que sou 'viciada' em jogos?

Parada?

Parada?
Desaustinada.
Avariada.
Ensonada.
Desenfreada.
Prostrada.
POSTada.
Felizarda.
Desorientada.
Aficcionada.

Sou só uma e tantas.
Quem sou afinal?
Não quero saber.
Ou quero?
Hoje não!

Esta MMA anda às voltas com uma casa que nunca mais abre a porta.
Em reviravoltas com um emprego que não chegou.
De cabeça à roda para que os cêntimos se transformem em euros.
Para fazer rir os mais pequenos lá em casa, incluindo o PPA.

Parada?
Em crescimento, for sure.


Boa semana, MMAS.

domingo, 12 de novembro de 2006

Um ano

Não, não estamos paradas

Estamos na pausa própria do crescimento.


São os muito afazeres que ocupam o lugar a que pertencem e invadem o recanto das mmas. Cada uma, de uma ou outra forma, têm tido alterações significativas nas suas vidas. Não boas, não más, apenas mudanças com todas as implicações devidas.

Neste entretanto podem sugerir, escrever, implicar, desatinar, perguntar, o que vos der na gana, nos comentários, no chat ou por mail para ser inserido em forma de post.


"obrigada por nos teres acompanhado durante este ano"

quarta-feira, 1 de novembro de 2006

zi



Surgiu-me esta imagem enquanto navegava à procura de nem sei bem o quê.
Porque hoje é dia de ZI aqui está uma pequena achega.

imagem de Aleksi BRICLOT

domingo, 29 de outubro de 2006

Otto Griebel


Ontem gastei o dia enfiada nos lençóis. Passei o almoço – passei mesmo! Ouvi os talheres repenicar na sala, cheirou-me ao pernil no forno, ouvi o bip do microwaves avisar que a sopa sopa sopa. A pequenina repetia que era preciso lavar a cabeça à tartaruga, enquanto me vinha fazer festas na testa, de meia e meia hora, e perguntar se eu já estava melhor. Não ainda não estava nada melhor. Continuava morta de sono, embora no pêlo da flanela os cabelos e o resto do corpo se esquecessem do mundo há muitas horas.
Estou mergulhada num processo antropofágico. Num carrossel mágico, numa espécie de comboio fantasma ou roda gigante. Não tenho tempo, a não ser para a obssessão de terminar dois longos trabalhos. Os dias caem-me como guilhotina sobre o cachaço. Vou ficando mais pobre, mais magra. Ontem pelas 5 da madrugada, encontrei cá em casa a reprodução de uma pintura do alemão Otto Griebel, onde dezenas de homens alinhados, sujos de carvão, operários obviamente, se encostam e suportam uns aos outros pela força de vontade da clavícula. Colei-os na porta do meu quarto, o sítio onde passo manhãs, tardes e noites agarrada ao computador. Pensei que me inspirasse, que me desse vontade de contrariar o sono quando precisar de prosseguir sentada, teclando, pensando, escrevendo. Estou em processo de descida acelerada, com rodas por baixo dos pés. Estou em fase de confrontação, clavicular. Estou bem. A ver vamos onde estou e para onde vou.
Os próximos 3 meses serão duros.
Bjs
WV

terça-feira, 24 de outubro de 2006

eu plagio

tu plagias

ele plagia

nós plagiamos

vós plagiais

eles plagiam

sexta-feira, 20 de outubro de 2006

Eu sou ele

Todos o sabem. É, não é João? Diz-lhe. Eu sou ele. Olá pai.

PAIXÃO SEGUNDO JOÃO de Antonio Tarantino

E eu?
Eu saí com a sensação de ter sido atropelada por um camião TIR.

terça-feira, 17 de outubro de 2006

closet


Take only what you need.

sexta-feira, 13 de outubro de 2006

quinta-feira, 12 de outubro de 2006

Gato por lebre

Amo a obscuridade - o sucesso é ter de aturar gente que dantes era snobe connosco. Paulo Nogueira

Mail recebido, simpaticamente, por AB.
Obrigada, continua que nós gostamos.

quarta-feira, 11 de outubro de 2006

CHEGOU!!

A Daniela atingiu o cume do Cho Oyu!!

«7 de Outubro: CUME, CUME... A Daniela fez cume
A Daniela Teixeira voltou a contactar a Campo Base hoje, ao início da manhã,... É para dizer que estou no cume do Cho Oyu. Fantástico, estava super alegre e motivada... Não é para menos, a Daniela acabou de realizar o seu grandioso sonho, o seu projecto de se tornar a primeira alpinista portuguesa a atingir o cume de uma montanha com mais de oito mil metros de altitude. A Daniela atingiu o cume do Cho Oyu em solitário depois dos companheiros filipinos terem desistido do seu objectivo. Neste momento (8.00 a.m., hora de Portugal), a Daniela está a regressar ao Campo 2 e, amanhã, iniciará a descida até ao Campo Base.»

http://www.campobase.pt/chooyu2006/diari.html

Mas que coisa!

Vou no meu terceiro dia e apanhei uma constipação de ir à cama.
Estou na minha pior forma. Irritada com tudo e todos. As olheiras chegam-me ao queixo. A voz é gutural. As consoantes ficaram reduzidas a um mesmo som monocórdico e as vogais esganiçadas. Os olhos reduziram 50% do volume normal. Os ossos latejam com vontades de sair deste corpo e procurar outro mais ágil. Os músculos ignoram-me, encolhem os ombros quando lhes reclamo algo. Até o sacro decide dar ares de latejo. O nariz emancipou-se e decidiu ser torneira assumida. Os lábios ressequiram e obrigam-me a estar com o batom sempre em riste.
Porra! Quem é que disse que deixar de fumar fazia bem à saúde?

segunda-feira, 9 de outubro de 2006

Viagem ao centro de mim

Deixei-me invadir pelo Alentejo.
Estiquei vistas, senti-me grande.
Subi a uma oliveira e deixei-me ficar
como se fosse mais um dos seus ramos.
Ainda queria lá estar, a sentir o vento, até agora.

Fiz um par de corridas com o meu filho
pisámos bolotas, fintámos os restos das vacas.
Perdi e ganhei.
Fiquei com o coração na boca
com menos 10 anos, talvez 20
e vontade sentir-me assim pelos próximos 30.

Avistei saltitões numa charca
que há-de correr forte daqui a meses,
quando as chuvas cantarem.
Confundi o céu e a terra num baloiço veloz
e espreitei às ameias de castelos esquecidos lá no alto.
Foquei e desfoquei.

Cruzámos a raya con España.
Perdemo-nos num Parque Natural.
Escondemo-nos por entre árvores frondosas.
Alucinámos com o cantar dos pássaros.
Trouxemos ouriços com castanhas entaladas.
Devorámos um helado Bombón Almendrado.
Abastecemos com gasóleo 20 paus mais barato.

Matámos saudades da bisa,
enchemo-nos de nós quatro.
Para voltar a sentir os cheiros da cidade,
os cheiros do trabalho,
os cheiros das escolinhas de cada filho nosso.

domingo, 8 de outubro de 2006

Meeting Poit

Continuamos com a mão na massa!
Amanhã, depois da sesta, assaltamos outro banco.
Se nos sobrar tempo, acabamos as bricolagens que começámos há 15 dias.
Apareçam, se precisarem dinheiro ou distracção, e claro, tragam as crianças.


sexta-feira, 6 de outubro de 2006

Recebi este mail hoje:

Em cada 100 euros que o patrão paga pela minha força de trabalho, o Estado, e muito bem, tira-me 20 euros para o IRS e 11 euros para a Segurança Social.

O meu patrão, por cada 100 euros que paga pela minha força de trabalho, é obrigado a dar ao Estado, e muito bem, mais 23,75 euros para a Segurança Social.

E por cada 100 euros de riqueza que eu produzo, o Estado, e muito bem, retira ao meu patrão outros 33 euros.

Cada vez que eu, no supermercado, gasto os 100 euros que o meu patrão pagou, o Estado, e muito bem, fica com 21 euros para si.

Em resumo:

Quando ganho 100 euros, o Estado fica com quase 55.
Quando gasto 100 euros, o Estado, no mínimo, cobra 21.
Quando lucro 100 euros, o Estado enriquece 33.
Quando compro um carro, uma casa, herdo um quadro, registo os meus negócios ou peço uma certidão, o Estado, e muito bem, fica com quase metade das verbas envolvidas.
Eu pago e acho muito bem, portanto exijo:

-Um sistema de ensino que garanta cultura, civismo e futuro emprego para os meus filhos.
-Serviços de saúde exemplares.
-Um hospital bem equipado a menos de 20 km da minha casa.
-Estradas largas, sem buracos e bem sinalizadas em todo o país.
-Auto-estradas sem portagens. Pontes que não caiam.
-Tribunais com capacidade para decidir processos em menos de um ano.
-Uma máquina fiscal que cobre igualitariamente os impostos.

Eu pago, e por isso quero ter, quando lá chegar, a reforma garantida e jardins públicos e espaços verdes bem tratados e seguros.

...Polícia eficiente e equipada.
...Os monumentos do meu País bem conservados e abertos ao público, uma orquestra sinfónica.
...E, no mínimo, que não haja um único caso de fome e miséria nesta terra.
...Na pior das hipóteses, cada 300 euros em circulação em Portugal garantem ao Estado 100 euros de receita.
..Portanto, Srs. Governantes governem-se com o dinheiro que lhes dou porque eu quero e tenho direito a tudo isto.

Assinado:
Um português contribuinte.

P.S.
Meus amigos, este é seguramente um "mail" que todos temos a obrigação de passar!

terça-feira, 3 de outubro de 2006

Um refresco!

Porra!

As melgas desenvolveram capacidades de inteligência desconhecidas.
É o que vos digo.
Actuam em grupos organizados, são capazes de sobreviver a roupa e diversos objectos atirados ao tecto, prepararam emboscadas, têm um sentido de humor muito rebuscado, sentido de oportunidade muito inconveniente, capacidades musicais, e especial gosto em curvas exageradas.

domingo, 1 de outubro de 2006

Pedestal


Para ser franca, ultimamente tenho sentido vontade de um culto religioso. Hoje, por exemplo, bem me apetecia fazer a ablução com água de rosas, prender os fios de cabelo numa rede fina, pôr uns chinelos nos pés e sair de mansinho sozinha para o templo. Silenciada dos outros todos, da casa, do trabalho, de mim.
Depois, obviamente não me apetece ir à igreja nem à mesquita. Imagino-me num altar com água corrente, cheiro a terra ocre, flores acabadas de cortar pelo pé e uma deusa com vários braços, pernas e cabelos ondulados – a mesma que teria numa prateleirinha de madeira algures sobre a cama.
Bem me apetecia sair agora mesmo para ir adorar alguém. Descansar os dois hemisférios sobre a pedra do seu pedestal.
Abstrair-me, vitalizar-me, levitar-me.

sexta-feira, 29 de setembro de 2006

:)


O estado financeiro das famílias portuguesas avalia-se pelo número de folhas e suavidade do papel higiénico em uso.

terça-feira, 26 de setembro de 2006

Profundo respeito

Apesar de ter vivido por perto a morte da filha, de quatro anos, de um amigo, não consigo conceber a dor que se sente. Não consigo. Não é comparável a nada. O meu profundo respeito por quem a sente.

Chamo a atenção para um novo link na coluna da direita: Projecto Âncora .
AB, prometo algumas miudezas que sejam minimamente dignas para a vossa causa.

segunda-feira, 25 de setembro de 2006

pré

preparados para futuras criações




sexta-feira, 22 de setembro de 2006

Porque amanhã é Sábado


Domingo não há mmás na Casa dos Dias d’Água.
Domingo há trabalhos numa outra casa.
Domingo quem quiser aparecer tem de contactar a Péssima ou a Vagina por mail.
Domingo a sessão começa às três e não se sabe a que horas acaba.
Domingo vamos vasculhar em lixo alheio e contribuir para um ambiente melhor.
Domingo vamos sujar as mãos e reinventar conceitos natalícios.

Smoke Kills

quinta-feira, 21 de setembro de 2006

mmas criadoras

Tive uma hora livre e resolvi fazer um blog...a morada é http://martscrafts.blogspot.com/ e pretende ser uma montra para as mmas e quem vier do que fazem para além de tudo o mais...
Mostrem o que valem com código de barras e tudo.

quarta-feira, 20 de setembro de 2006

Pó Caralho, suas merdosas!

A minha vizinha do 5º está grávida!
Há meia hora gritava enloquecida, levava porrada do companheiro.
A minha vizinha do 5º é brasileira, partia a mobília, ou partiam-lha em cima, há coisa de meia horita.
Levantei-me assustada. Abri a porta. Chamei a Polícia.
Fui à janela. E lá estavam as cabeças femininas do 3º, do 2º, do 1º, com os seus cabelos desgrenhados, as suas rugas mal lavadas, indignadas, com tanto barulho. "Isto não se aguenta, nunca tivemos disto, agora é que vamos ter?".
-Suas cabras! Racistas! Pó caralho! Vão mas é dormir, na cama é que estão bem! - tive vontade de praguejar.
A vizinha desceu no elevador, a soluçar, antes da Polícia chegar. Não chegou ainda nem uma nem outra.

Estes costumes brandos cheiram mal que se fartam!

i'm so 90's tonight

terça-feira, 19 de setembro de 2006

Voltámos ao armário!

:)

Provisoriamente, claro!

quinta-feira, 14 de setembro de 2006

eh eh eh eh eh

even better!


Quem pode, ipod.

Better than ever!!!

STScI-PRC1995-44b


Sempre que encontro esta imagem recordo-me dos quadros das nossas senhoras que os meus avós tinham lá por casa

quarta-feira, 13 de setembro de 2006

terça-feira, 12 de setembro de 2006

segunda-feira, 11 de setembro de 2006

Yeah!

PUTTING THE "F" BACK IN FREEDOM

Fuck Yeah
GRRRRRRRRRRRRRRRRRRRR!!!

ps: cuidado com a mãe!!!

domingo, 10 de setembro de 2006

sexta-feira, 8 de setembro de 2006

8.000 e picos



Chama-se Daniela e vai tentar uma vez mais ser a primeira portguesa a chegar aos 8.000 metros. No ano passado a coisa não correu bem no Shisha Pangma : o colega teve problemas respiratórios na subida ao cume e foi necessário descer...

Este ano tomou a decisão de ir sózinha, a suas custas, correndo os riscos todos. Partiu ontem à noite para os Himalaias, sem grande alarido.

Espero que volte, vencedora: do pico e dos seus objectivos!

Força Daniela!!

terça-feira, 5 de setembro de 2006

Mother loves you


Ando há anos para assinar a Colors! Hoje fui à procura de algum número antigo com um tema relevante, e para não variar, passei os dedos por este!

Arquiva-me!

Legenda e créditos da Foto!

Mater Psicanálise


Passaram três anos. Ainda não é bem, mas é quase!
Quando a minha filha voltou de umas férias com o pai, do país que nunca foi seu, mas que sempre lhe será alguma coisa, nem que seja por causa dos genes, da língua, da genealogia, eu olhei-a na minha cama, a dormir a sesta, e percebi que em apenas 15 dias já me tinha esquecido do seu tamanho. Aquele tamanho de nós, casquinha que não vai ao fundo na água, e as saudades quase me saíram pela boca, assim tipo tripas à moda de qualquer coisa, de preferência agreste.
Passei por muitas coisas nestes três anos. E não tenho vergonha nenhuma de dizer que algumas não foram fáceis. Sobrevivi a um divórcio, que me parecia inevitável. Recuperei a auto-estima, atropelada por um tire daqueles com pneus muito entrançados. Aceitei-me com falhas, tal como as máquinas, que às vezes precisam sal, óleo, ou mais cuidado no manuseamento. Descobri forças em mim das quais não tinha jamais ouvido gemido.
Daqui a pouco a minha filha faz três anos. Estou encantada pelo meu companheiro, de novo. Voltei a tomar cuidado comigo ao espelho. Desculpo-me sempre que me culpo. Grito quando me entupo. E tomo anti-depressivos há 6 meses.

“Parabéns a vocêze,
Nesta saga infinita,
Muitas risadas loucas,
E mercúrio nas feridas”.

Ehehehhehe

A minha rentrée começa hoje!

May the goddess be with us!

Foto sacada daqui!

segunda-feira, 28 de agosto de 2006

Familiar?

Qualquer parecença com a realidade é pura coincidência.


Cliquem na imagem para ver melhor.
Reparem bem na evolução da personagem.
Ao início parecem-se todos com o Príncipe Perfeito (ver cabelo). Não é?
No final são todos uns diabos… e se repararem não são assim tão diferentes do deus (ver a expressão do olhar e a ‘imposição’ do corpo. Ahhh! e a lira com que nos dão música, presa ao cinto para não a perderem...).

quinta-feira, 24 de agosto de 2006