quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Para divulgar

Um pedido de ajuda que não custa divulgar...
http://www.carolinalucas.com/

Maixinti

Em terra de cegos...

Mais uma vez os rankings, mais uma vez as privadas a liderar, mais uma vez a conversa de que as privadas lideram porque têm lá dentro meninos e meninas com um ambiente familiar privilegiado.

Na sua escola pública, a minha filha já foi rankizada pelo professor: melhor aluna. Coisa que a deixa muito feliz. E eu penso, sempre para dentro: não podia ser de outra forma. A turma está cheia de excluídos da vida. É evidente que ela se destaca. Não podia ser de outra forma.

O termo de comparação que ela tem (não desmerecendo o seu mérito) é baixo. Falava-se aqui do facto da pública preparar as criancinhas para a vida. Mas para que vida? Para a vida que nunca terá? Poderá a minha filha ter como bitola criancinhas que invariavelmente acabarão nas caixas dos hipermercados?

Duvido que ela queira ou vá ser caixa de supermercado.

Não faço parte daquele grupo de pais que anda a sobrecarregar crianças-quase-bebés com actividades extra-curriculares que lhes afastam o papão da impiedosa competição no mundo do trabalho.

Agora, que a minha filha se ache a maior porque é melhor aluna do que os putos que nunca viram um livro à frente... anham... Não é esse o mundo dela. Não vai ser nesse mundo que se vai mover. Numa privada seria capaz de se auto-avaliar melhor. Estaria entre os seus.

É duro, é impiedoso, mas é mesmo assim.

Mimi

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

claro!

Estava eu sentada no carro, à espera que o meu filho mais novo saísse da escola, a desfrutar de um momento de silêncio, quando ouço um som polifónico do momento que me incentivou a ficar atenta a uma conversa de um dos pais que lá estavam:

– estou lá? (hum! Problema de identidade ou dupla personalidade?!)
– …………….
– Ah sim, diga, diga.
– ……..
– Sim!
– …………………
– Exactamente
– ………..
– Poish, exactamente (deve sher de lá de chima, o gaijo!)
– ……………………….
– Cla…, exactamen…, poisistá claro (ora aqui está uma palavra a reter: poisistá)
– ………….
– Poish, mas está a ver não é? (não resisti a olhar pelos espelhos mas não vi nada)
– ……………….
– Poish
– …………
– Está a entender não está? (eu é que não entendi nada do que ele disse)
– ……………………
– Sim, sim, estou a perceber está a ver? (tornei a espreitar)
– ………………….
– Mas está a ver? (que insistente!!!, estarei eu cega?)
– …………
– poisistá claro!
– …
– S..si…sim, sim estou a ver exactamente (se ele vê e eu estou a menos de 2 metros porque é que eu não vejo… parece-me uma vista simplificada!)
– ……….
– está decidido, eu agora não posso falar, está a ver? (ahhh, deve ser um gestor, ficou decidido algo de muito importante, tão importante que esteve este tempo todo a falar em código, por isso eles estão a ver e eu não)
– ….
– Exactamente
– ………………..
– liga depois? Estou a ver…. (caramba, a conversa vai continuar e eu não vou assistir)
– ………
– Prontus, prontus… (prontus? Poisistá claro, prontus deve ser latim, exactamente, estou a ver...)

Felizmente tocou…. Estais a ver?

Péssima

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Escolas, crianças e bichos.


Vão perdoar a minha intrusão, porque eu, como alguns leitores sabem, sou um mero felino, percebo bastante de sonecas, miados e, de momento, preocupo-me, sobretudo, com a parca ração da minha dieta que já me está a dar água pelos bigodes.
Dizia eu que , apesar de macho e felino, sou conhecedor de coisas de crias, já que a minha dona passa a vida a desbobinar-me os seus mais recônditos pensamentos como seu fosse invisível.
Ouvi entender debater esse assunto das escolas públicas/privadas, superpovoadas ou familiares...e , nestas coisas, a minha dona que é mulher de opiniões muito definitivas , garante que o melhor mesmo é deixar os piolhos desenvencilharem-se, de preferência, na escola pública, pois, quaisquer que sejam as dificuldades, sairão delas à sua maneira que é aquela que os ajudará na vida futura, onde os pais nem sempre estarão disponíveis. Depois, ela acha que os pequenos desde cedo aprendem a manipular os progenitores por forma a terem as soluções mais conveneientes e, qualquer cedência precipitada é logo agarrada como regra e, podem ter a certeziha que daí em diante, só escolas queques, transportes especiais, faculdades privadas, nada menos do que isso, pois se sempre foi assim...!
Eu acho que ela sabe do que fala, pois diz sempre que tem acompanhado a educação de uns quantos milhares de rebentos e quase consegue prever ( sim, pois, eu sou preto e ela também é bruxa...)a peste egocêntrica ou a cria normal que de cada caso vai sair.
Diz também, que o discurso dos pequenos é reconhecível e o dos pais, idem, pois pais embasbacados e hesitantes em frente dos petizes dá frutos menos sãos e com excesso de poder .
Isto foi o que os meus ouvidinhos atentos e curiosos captam, mas connosco, gatos, não há cá meias tintas, como sabem.
Ahhh...tens fomeca e não queres as sobras de ração?? Então amanha-te e vê lá se aprendes que amanhã a fome é a duplicar.
Por isso se pode dizer que a minha dona que diz saber de gentes, não sabe de gatos e me educou mal, pois nunca precisei de me esforçar para conquistar o que precisava para amminha sobrevivência e , eis o resultado: 90grs de raçãozinha deslavada por dieta para um macho robusto como eu!!
ronrons carinhosos,
Romeu

sexta-feira, 12 de outubro de 2007

Do paraíso ao inferno


Os primeiros dias de infantário foram estupendos e entusiasmados. Depois nem tanto mas sem dramas. Uma grande constipação e qualquer coisa depois - o caos.

Hoje o pior dia - mordi a língua para também eu não chorar (muitas noites mal dormidas e uma gravidez ajudam)....

Regressão, pesadelos, gritos e choro, "não quero ir para a escola" - última frase antes de ir para a cama e primeira ao acordar - manhãs difíceis.

O que fazer? é mimo, é firmeza, é conversa, muita conversa.....preciso de uma receita mágica. Qual de vós tem a varinha de condão, queridas MMA's?

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

"Já sou crescido"

Esta é a frase que ouço mais vezes nos dias que correm..."Já sou crescido". Insisto que não, que não é crescido que só está um bocadinho mais crescido mas as evidências começam a surgir...
Dei-he uma folha de papel e escrevi "MAMÃ" (porque agora gosta de desenhar letras) e disse-lhe : "Agora podes copiar e aprender as letras da palavra mamã"...Mas que graça tem isso? (deve ter pensado) Copiar? Resultado: desenhou 3 figurinhas e chamou-me. Disse-me :"Vês? esta és tu, este é o papá e este sou eu." Apressei-me a pegar na mão dele e a escrever o que me tinha dito para que não ficasse esquecido...mas quando chegou à figurinha mais pequena largou-me a mão e escreveu sózinho e orgulhoso um F . "Vês? Esta é a minha letra...".
Felizmente ainda pede colo e diz "Também sou um bocadinho bébé..."

mmadona babada