quarta-feira, 22 de novembro de 2006

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Ontem vi uma vaca com duas cabeças no campo, enquanto agarrada ao volante do meu novo carro em segunda mão nas planícies verde fluorescente do Alentejo pensava que até valia a pena converter-me ao tunning, criar uma banda de garagem, pôr um anúncio no jornal a pedir umas horas emprestadas, dar mais espaço a mim pessoa e à minha filha idem, beijar o pé aleijado do meu marido agora de canadianas, enfiar um grito pela janela fora de agradecimento à vida, tomar banho na banheira de um pastel de nata, injectar cafeina na veia, dormir dois meses seguidos, tirar um fim-se-semana de boémia e estravagância em Paris, Rio, Dakar, passar a dormir vestida, mais ainda do que já o faço, pagar uma cirurgia plástica aos dedos que se atendinitam nas teclas do PC, sair nua ao Chiado, contratar uma infidelidade de qualquer género menos o plágio, fazer uma festa gigante com todas as pessoas que adoro, embebedar-me até ao joelho, pagar promessas que nunca cheguei a fazer, dormir ao relento, pescar no mar, inventar inventar inventar inventar inventar inventar idem idem ide ide i.....
Mmá, por afeição. Um ano. Um plano. Um intervalo. Uma fotografia de madame Gallas.

2 comentários:

péssima disse...

:)

ehehehe
uma vaca com duas cabeças no campo??????!!!!!!
eu só vi vacas sem cabeça, na cidade.

e inventa, inventa, inventa, inventa, inventa, inventa, inventa, inventa, inventa, inventa, inventa, inventa que o teu inventar tem graça.

Mimi disse...

muita graça.
vw, estou em falta! esqueci-me duns anos e depois d'outros. sorry!