domingo, 27 de novembro de 2005

Estória estroina

Mães/Mulheres de todo o mundo,...
Queríamos dizer-vos que as MMÁs se reuniram novamente (níveis de comparência muito acima da média – éramos cinco, uma delas com um filho que já não dorme sesta: tem 27 anos).
As crianças recusaram-se a trocar a mãe pela babysitter, a babysitter foi-se, e a sala acabou pejada de bolachas espezinhadas por dois pares de botas número 20 /22 que por lá andaram até ao final.
Começámos por gravar a estória, andámos ali a zumbir à volta de um monstro com um exército de mosquitos peritos em saber dos sonhos alheios graças às amostras recolhidas vampirescamente,... aquilo não tinha bem rumo e optámos por um sistema menos interessante, com menos discussão, mas mais categórico e eficaz.
Cada uma escreve a frase e passa. Aqui fica a manta pintada:

“O tempo conhecido por Picati dava início a um mundo maravilhoso por descobrir. Este naco de tempo não tinha horas nem dias nem meses. Por causa disso, deu-se o aparecimento de um par de relógios, dois instrumentos muito pontuais, que vieram trazer uma ordem que ninguém queria a Picati. Revoltas se deram, teorias se criaram sobre os segundos que queriam ser minutos, os minutos horas, estes dias, e até os anos lutavam pela eternidade. Picati, Picato, Picatú, Picatá, Picaté, PUM PUM! Eis que brota o nosso capuz, verde verdinho, capuchinho! O capuchinho vinha dar uma noção de tempo a este novo mundo: “Mas quanto demora um segundo?”, interrogou-se. Arrotou pois a questão era difícil e provocou-lhe um mal-estar digestivo. Ups. Ficou decidido. Três arrotos são tempo suficiente para se chegar a Picati, conquistar admiração de Picateiros e Picateiras. O capuchinho verde falou aos Picateiros da vantagem de se ter um tempo. Eles, boquiabertos, não percebiam, uns calculavam que devia ser imprudente, outros reclamavam um possível aumento de criminalidade Picatashu. No fundo perguntavam: o que fazemos nós com o tempo? Para que serve? O tempo divide a vida em idades e em cada idade, a seu tempo, devemos fazer alguma coisa. O tempo manda-nos fazer coisas porque se não fizermos perdemos tempo, respondeu o capuchinho. E é também a melhor forma de fazer amigos! Podes marcar um encontro no cinema, um lanche... sem tempo deixavas de conseguir combiná-los.
Os Picateiros e Picateiras fecharam os olhos, de repente, o capuchinho deixou de existir. Onde estááá o capuchiiinho? Riram-se que nem uns doidos e acabaram por concluir que não tinham tempo para conversas com estranhos”.

Análises psicanalíticas só com marcação!
Bem hajam MMÁs com tempo!

Sem comentários: