quinta-feira, 27 de julho de 2006

Episódios da Vida Real (I)

Partilhou a história entre gargalhadas e sem ressentimentos. Ela era nova, bonita e intelectual. Actriz de profissão, ia já no segundo casamento. Um dia chegou a casa tarde, como de costume, entrou no quarto e sentiu um cheiro insuportável. Não se distinguem os cheiros, por muito familiares que sejam, quando não estamos à espera deles.
Então ligou a luz. Na sua mesinha de cabeceira, os livros empilhados tinham sido recheados com postas de bacalhau e regados com azeite.

Era um recado do marido, um pouco mais velho, também artista. Sim, ela era nova, bonita e intelectual. Mas isso não era desculpa para nunca lhe fazer o jantar.

4 comentários:

péssima disse...

ehehhehehe

Há uma tribo africana que tem (ou tinha, pelo menos) por hábito fazer tampas com mensagens indirectas, ou directas, daquelas que por palavras não se assimilam.
Assim, a mulher, ou o homem, preparava um jantar com familiares e amigos e o prato a quem se destinava a mensagem era tampado com a mensagem. Dessa forma havia testemunhas de que algo importante foi dito e recebido. Um dos casos era uma tampa com pega em forma de pássaro agarrado pela cauda. A mensagem era de uma mulher para o companheiro e queria dizer: “mesmo que me prendas as penas da cauda tornam a crescer, tenho asas e posso voar quando quiser”.

Mimi disse...

que giro, desconhecia totalmente tal coisa!

Caiê disse...

Òptima sugestão, Péssima! :)

péssima disse...

:)