segunda-feira, 12 de dezembro de 2005

Calada, eu?!

Fico sem argumentos. Ouço queixas sequenciais das faltas de estares descontraídos, e tudo o que se foi confidenciando como libertação, ao longo de anos. A solução, refiro eu, está aqui, agora à mão de semear. Eu até compreendo a doença das crianças ou os tão afamados afazeres domésticos, mas recuso-me a compreender a ignorância e o medo que dela provém. Não, não posso aceitar um “como explico uma ‘reunião’ só de mulheres, e que hei-de eu dizer se tiver de falar para todas?”. Fiquei incrédula. Como se explica que o simples facto de se estar entre quatro paredes, com elementos do mesmo sexo e experiências diferentes, não é sinónimo de orgia libidinosa? Esta inoperância mórbida é o reflexo do ser-se mulher portuguesa. Assustador. Prazer em sentir-me 'controlada'? Não obrigada.
Ainda bem que existem as excepções.

1 comentário:

Isabel Freire disse...

Orgia libidinosa....hummm, ainda não tínhamos pensado nisso, mas parece-me uma excelente ideia.