Esta imagem escolheu-me hoje de manhã. Vá lá saber-se porquê! Não tenho nenhuma vontade de desatar à pistolada. Não tenho motivos para puxar nenhum gatilho. Não tenho nenhuma arma em casa. Mas pensando bem, já brinquei horas sem fim aos polícias e ladrões. O meu pai sempre teve uma arma em casa, desde que me lembro (acho que já vos contei!). Vi-o uma vez guardá-la em cima do guarda-fatos (neste caso, guarda-pistolas também). Ele não me viu a vê-lo. E quando ficávamos em casa sozinhos, eu e o meu melhor amigo, saltávamos lá para cima, tirávamos o objecto com as mãozinhas finas e curtíamos mil. Há alguns anos, revelei-lhe a confidência e fiquei a saber que a coisa sempre esteve carregada, depois de lhe subir uma gota de suor frio do queixo à testa.
Esta semana, num sinal de trânsito, parei ao lado de uma carrinha com cinco tipos lá dentro, todos de uniforme da Câmara Municipal de Lisboa. Discutiam em voz alta, e às tantas, o motorista saca de uma 'bicha' igualzinha e aponta-a a um dos colegas. Eu lembrei-me daquela sensação do 'agora estás morto, agora morro eu'. E hoje, um amigo levou com um tiro de raspão de uma pressão de ar, enquanto comprava umas palmilhas no sapateiro. A coisa veio do nada, de um carro que passara na estrada e se escapulira no mesmo instante em direcção Norte, forte. Afinal, afinal, sempre fui eu que escolhi esta imagem. Se calhar ainda me apetecia o faz de conta dos agentes e foliões. Acho que a teria usado em pelo menos duas ou três circunstâncias semanais. Quando levei com o eléctrico 28 em cima da tromba do carro, à saída da creche, e sem culpa absolutamente nenhuma, apesar de um 'minha amiga, a culpa não é minha. O eléctrico não pára, a senhora é que não podia estacionar em cima do passeio'. Quando a máquina de pagamento do parque de estacionamento me engoliu o cartão, e tive de falar com 10 profissionais, até lhe desentupirem a garganta. Quando tive de acartar com uma cozinha às costas, sozinha, nos armazéns de uma grande superfície self service, e depois de horas, a porra do lava loiças estava amolgado. Enfim, nada de especial, mas a verdade é que este mundo anda armado, e eu às vezes bem me apetecia desatar aos tirinhos.
Imagem: Angels Last Dance
Esta semana, num sinal de trânsito, parei ao lado de uma carrinha com cinco tipos lá dentro, todos de uniforme da Câmara Municipal de Lisboa. Discutiam em voz alta, e às tantas, o motorista saca de uma 'bicha' igualzinha e aponta-a a um dos colegas. Eu lembrei-me daquela sensação do 'agora estás morto, agora morro eu'. E hoje, um amigo levou com um tiro de raspão de uma pressão de ar, enquanto comprava umas palmilhas no sapateiro. A coisa veio do nada, de um carro que passara na estrada e se escapulira no mesmo instante em direcção Norte, forte. Afinal, afinal, sempre fui eu que escolhi esta imagem. Se calhar ainda me apetecia o faz de conta dos agentes e foliões. Acho que a teria usado em pelo menos duas ou três circunstâncias semanais. Quando levei com o eléctrico 28 em cima da tromba do carro, à saída da creche, e sem culpa absolutamente nenhuma, apesar de um 'minha amiga, a culpa não é minha. O eléctrico não pára, a senhora é que não podia estacionar em cima do passeio'. Quando a máquina de pagamento do parque de estacionamento me engoliu o cartão, e tive de falar com 10 profissionais, até lhe desentupirem a garganta. Quando tive de acartar com uma cozinha às costas, sozinha, nos armazéns de uma grande superfície self service, e depois de horas, a porra do lava loiças estava amolgado. Enfim, nada de especial, mas a verdade é que este mundo anda armado, e eu às vezes bem me apetecia desatar aos tirinhos.
Imagem: Angels Last Dance
2 comentários:
E já agora, lembrei-me de outra história. Um ex-namorado, alemão também (LOL), há cerca de 10 anos, viveu em casa de uma senhora muito particular, com uma via extra-ordinária. Além de ter sido miss portugal em mil novecentos e qualquer dezena, ter sido mulher de um homem muito rico e de um poeta muito pobre, perdeu dois filhos (um deles a jogar à roleta (fogo nem sei como isto se escreve) russa, num apartamento em Lisboa, com gente ilustre e endinheirada. Sei que é pouco plausível, mas é verdade.
Era uma vez um menino com uns 9 ou 10 anos, agora já é um homem feito, mas só porque apontou uma pistola, que o pai guardava em casa, á mão e não á cabeça.
Cheio de sorte.
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