quarta-feira, 18 de janeiro de 2006

Decretos

Em Portugal, o direito de a mulher cruzar fronteiras sem licença do marido tem apenas 36 anos (Decreto-Lei nº49 317, de 25 de Outubro de 1969). No nosso país só há 28 anos foi abolido o direito de o esposo abrir a correspondência da mulher (Decreto-Lei nº 474/76, de 16 de Junho). E só em 1978 desapareceu do código civil a figura do chefe de família, deixando o governo doméstico de pertencer por direito próprio à mulher (Decreto-Lei nº 496/77, de 25 de Novembro).

8 comentários:

Anónimo disse...

we still have a long way to run...
Temos que ser espertas e econtrar o caminho mais curto. Atalhos em mmas.blogspot.com.

Anónimo disse...

econtrar pode ser assim um encontrar ecológico?

muuuytoo - responde-me o Word Verification

Flores disse...

Eu já estou a fazer os cartazes p/ a manif.

péssima disse...

: )
Poucas MMAS boas!

muito bem, também alinho, claro.

Anónimo disse...

Excelentes as palavras de ordem! Por mim, a última é sem dúvida a que traria melhores resultados práticos. Se a licença e as idas ao pediatra/assistência à família na doença fossem equitativamente divididas, passava a existir mais igualdade no trabalho seja em termos de taxas de desemprego feminino como nos salários. De qq forma, parece-me q ainda há muito que fazer na conscientização das próprias mulheres. Temos de lutar neste sentido nas nossas próprias casas, famílias...

Anónimo disse...

ainda há um ou dois dias li sobre esse assunto das licenças de parto no público (ou DN?). surpresa das surpresas, são raros os casos em que a licença é repartida. O ideal era, de facto, que fosse repartida. Mas... deixaria eu de amamentar aos 3 meses, se tudo me corria às mil maravilhas? Não. Isso só dá para quem não está a dar de mamar. Claro que é muito verdade isso dos patrões e é também a primeira causa de acabarmos por ficar sempre nós, as mulheres, com tudo em cima do lombo. os gajos ficam mal habituados depois de nos ter 6 meses em casa a fazer tudo.

Outro caso: um amigo meu está grávido e como a mulher está desempregada, foi informar-se para saber como seria para poder pedir a licença de parto. A ideia era óptima: ficavam os dois 6 meses em casa. Bestial, não? Não. Não podem. O dinheirinho já é curto (ela não recebe subsídio de desemprego) e ele ficaria sem o subsídio de almoço e sem as horas nocturnas. Um rombo brutal no já pequeno orçamento.

Se há por aqui mmas jornalistas, sabem que a caixa de jornalistas nos paga a 100 por cento tudo o que tenha a ver com a gravidez: ecos, consultas, parto, etc. MAS SÓ SE FOREM AS MULHERES AS JORNALISTAS. Se o jornalista for o homem, não pagam as ecos. E porquê? Porque não sabem se o filho é mesmo dele!!! Isto não é incrível? Só depois de registar a criança e de ir lá à caixa, é que a filha-to-be do meu amigo passa a entrar nas contas da caixa de jornalistas. Recapitulemos: eu estive grávida duas vezes e sempre me pagaram as ecos sem perguntas. O meu amigo, coitado, porque não traz a filha na barriga é descriminado desta forma. Claro que o meu amigo perguntou: então e se a minha amiga a quem pagaram as ecos tivesse um aborto espontâneo e não chegasse a registar bebé nenhum... pediam-lhe o dinheiro de volta? RIDÍCULO!

Os jornalistas têm muitos pruridos em trazer os seus próprios problemas à praça pública. Não deviam. Quando fui despedida grávida, pus a boca no trombone para ver se não voltava a acontecer. Naquela empresa espero eu que não volte a acontecer.

(dia 2 sem tabaco. alguém tem lume? uma beata? pleaaaase?)

Flores disse...

Inês,

a legisladora da caixa de jornalistas só tinha filhos varão, de certeza.

«Filhos da minha filha meus netos são, do meu filho serão ou não.»

as aspas quer dizer q isto ñ é de minha autoria. É um adágio popular.

Agora a sério: tb ñ deixava de amamentar aos 3 meses p/ poder ir trabalhar. Mas mais uma vez, qto a mim, a questão é a de nos ser ou ñ dada a opção.

Anónimo disse...

Claro que percebo WW! E concordo! das duas licenças de parto eu fiquei ansiosa por voltar a trabalhar e não tenho vergonha nenhuma de dizer isto. Foi uma prisão: as duas nasceram no Inverno e só para sair à rua para comprar leite e pão, era uma complicação. Segundo andar, sem elevador... e quando tive a mais nova e a mais velha ainda nem sequer andava? Mon Dieu de la FRANCE! Tinha que ficar lá em baixo, com as duas, à espera que parasse de chover. E às vezes havia uma que se lembrava de vomitar ou assim e lá tinha eu que subir as escadas outra vez com tudo atrás... pufff...e depois fiquei com as tarefas domésticas todas e já tinha pesadelos com a pilha da roupa para passar. só falei da amamentação porque complica a divisão da licença de parto!

Agora... tirar leite com máquina... AAAAAAAHHHHHHHHH!!! NEVER MORE!!! O meu cérebro não colaborou: dizem os especialistas que o olhar para o nosso bebé a mamar estimula a produção de leite. Obviamente o meu cérebro não se deixou enganar por aquela máquina de tortura medieval. A minha irmã, no entanto, que foi mãe há 6 meses, foi muito mais esperta do que eu. Aproveitava as mamadas do puto para recolher o leite que lhe saía da outra mama, à bomba. E resultou! Se voltar a engravidar (eu gostava... ehehehe, sou maluquinha, não?), talvez experimente. De qualquer forma, não sou purista da mama. Não lhes faz mal nenhum tomarem um biberon de vez em quando.