O meu piolho todos os dias me pergunta qual é o DdD dele.
Invariavelmente respondo ‘um dia destes, um dia destes’.
Ontem estávamos os dois sozinhos em casa e ele comentou em tom de desabafo ‘ai é tão bom estarmos sozinhos, sem barulho’.
Rapidamente do desabafo nasceu o tédio.
Depois de muitos suspiros começou a choramingar. Aninhei-o para o acalmar ‘tou doente’, disse ele. É o teu DdD perguntei, ‘é, é melhor tomar um medicamento’. Sim, acedi dando-lhe uma colher de café de Brufen. Avisei-o que tinha de ficar muito quietinho para o medicamento fazer efeito, que isto de estar doente tem regras rígidas. Os suspiros só passaram quando o irmão chegou a casa. Num pulo diz ‘ó, já não quero estar doente’. Foi bom, perguntei-lhe. 'Sim, mas para a próxima quero ter o meu DdD no dia de escola!'
Um destes dias imponho o DdD cá em casa, para cada um de nós, em dias de semana, alternados.
4 comentários:
Esse dia seria uma espécie de Dia do Ausente (aquele que não quer ser incomodado, que não lhe apetece fazer absolutamente nada além de estar deitado no sofá, que está de greve de zelo). Acho que uma vez por semana chegaria, mas parece-me que tenho de deixar a minha filha crescer mais um bocadinho!
A minha piolha, ou pinflin - como lhe chamo - sofre do mesmo mal: nunca fica doente, ao contrário dos outros meninos da escola e da mana mais velha, que tem otites em cima de otites. A única diferença é que lhe dou uma colher de mel e não de brufen. Acho que por muito piolhos que sejam, devem perceber que os medicamentos não são para tomar assim sem mais nem menos. Cabe aos adultos explicar-lhes isso. Não fiques zangada comigo, Péssima: também nunca ficava doente, só que sou filha de um médico que tentava combater a auto-medicação. Uma vez consegui enganá-lo com o truque do termómetro no candeeiro e consegui faltar um dia às aulas...
: )
eu não acredito em bruxas, mas...
a mais velha começou o dia a vomitar e a mais nova a queixar-se do ouvido. amanhã ficam as duas em casa - DdD. Uma está a ultra-levur, outra a Brufen...
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