sábado, 3 de junho de 2006

As regras clássicas da escola III


(*) As regras aqui postadas estão afixadas na escola do meu filho.
Ele está no 1º ano.

Acho óptimo que tenham alfarrobas na escola. Acho óptimo que se aventurem, que subam às árvores.

Mas também acho essencial que existam regras, porque não é por elas existirem que eles abdicam da experimentação.

Quanto aos castigos não há nenhum que possa apontar como tendo sido positivo ao longo do meu percurso escolar. Alguém se lembra de algum?


(*)

7 comentários:

Cristina disse...

Uma vez fui para a rua, mais uma colega, porque tivemos um ataque de riso imparável!!! Nunca ninguém disse que não se podia ter ataques de riso nas aulas... :D

Mimi disse...

"não atirar alfarrobas" é genial...

pois... estas regras são todas um bocado básicas, ou seja, lá voltamos à velha conversa de que não é a escola que tem que educar os meninos. Não era suposto saberem já eestas coisas todas antes de entrarem para a escola?

quanto às árvores, acho bem que não deixem. subir às árvores, só com os pai perto - eles que se responsabilizem se o puto cair e partir um braço.

péssima disse...

Eu sei, eu sei, sou anormal.
Mas eu até acho piada aos putos em cima das árvores. Eu fazia o mesmo com a idade deles e nunca me aconteceu nada. Estou sempre a insistir para eles experimentarem as coisas. Pelo menos assim ficam a saber se gostam (ou se se sentem à vontade) ou não.

Quanto às outras... bem, são também as de casa não são?

putafina disse...

Sempre fui de ver a vista da copa das árvores.
Tive a sorte de nunca cair, apesar de trepar bem alto, figueiras, oliveiras e amendoeiras. Como sabem, as amendoeiras têm um tronco muito áspero, o que até ajuda na subida... ou na descida...
Só que um dia escorreguei e em vez de cair estatelada cá em baixo, deslizei pela árvore tentando agarrar-me de braços e pernas. Sendo que era Verão e estava de t-shirt e calções, nem imaginam como fiquei quando pus finalmente os pés no chão... É daqueles episódios que nos deixa, literalmente, marcas.

Mimi disse...

Sim, pssm, as minhas filhas também sobem às árvores, e eu acho muito bem, mas só comigo por perto - é que eu tb subi muito às árvores e estou lá para as orientar. Não ficaria descansada se andassem a trepar às árvores na escola. Há um tempo e um local para tudo. Também não as ponho a fazer exercícios geométricos no parque infantil, certo?

Hoje estou em dia de bezerranço total, até já vi um filme na TV e tudo. Há pelos menos 5 anos que não fazia isto e está a saber-me bem.

Ultimamente parece que não consigo ficar quieta, com a mania que tenho sempre alguma coisa para fazer. Hoje não.

Mimi disse...

Ah! PF...
Os episódios desses que eu tenho para contar a quem os quiser ouvir...

A mais estúpida que alguma vez me aconteceu foi durante um passeio de bicicleta num caminha de terra de uma aldeola.

Ia eu muito sossegada e apareceu um monte de vacas (sozinhas) e foi aí que eu aprendi que as vacas não se desviam, ao contrário dos pombos. Comecei por esbarrar contra uma vaca, que me deu uma marrada. A T-Shirt ficou presa na bicicleta, que desatou a deslizar por uma ravina abaixo, sem que eu me conseguisse soltar. Aterrei num monte de silvas, daquelas cheias de picos, depois de ter rebolado por um monte de urtigas...

Quando finalmente consegui chegar a casa, toda ensanguentada e cheia de picos por todo o lado, com uma espécie de coroa de espinhos que entretanto se tinha enrolado no meu cabelo, o meu pai, com a sua descontracção habitual, disse:
então? armada em Jesus Cristo?

ali estava eu, tadinha, cheia de picos, toda esfolada, joelhos, pés e cotovelos em sangue, cheia de alergias por causa das urtigas e ainda por cima gozam comigo!

putafina disse...

Delicioso... apesar do estrago!
Ter pais espirituosos ajuda muito!

Cá em casa tnho as duas versões pós-queda.
Ele é o drama. Ela ri-se e diz: "Ti-Tiz caíu"... dá um sorriso amarelo e repete: "Ti-Tiz caíu"!