segunda-feira, 19 de junho de 2006

LLPP

17h30 - Vou buscar a raposa à escola.

17h40 - Subimos a calçada e encontramos um amiguinho da escola. "Olha o Pedro!" A avó do miúdo, muito simpática, desce à altura das crianças, de joelhos dobrados, e tenta compreender quem é e de onde vem a menina. Explicamos. O Pedro mantém-se agarrado a um xupa-xupa rosa, ignora seja o que for.

17h41 - A raposa faz um olhar de desejo. A avó retira de imediato outro Lolli da mala, igualzinho. Fazemos os cumprimentos e agradecimentos que a regra manda. Afastamo-nos.

17h42 - A coisa apita e cheira bem. A miúda está no céu.

17h42,5 - Um casal passa apressado, esbarra na raposa, o objecto maravilhoso cai ao chão. Tristeza e alguma indignação. A senhora oferece-se de imediato para lhe comprar outro. Eu recuso, mas insiste e aceito, por uma questão de respeito à vontade expressa. Entramos na pastelaria já ali. A raposa ouve pedir "um xupa, por favor" e começa a fugir como o diabo da cruz. Não, não. Não quer um pauzinho com uma bola no topo. Quer um apito. Porra!!! Não há nenhum. A senhora paga aquilo. Eu tento silenciá-la, a gaiata, mas vejo que a garganta está cada vez mais musical, quer regurgitar cá para fora o que lhe está entalado, o apito. O esposo da senhora, espera na rua, à porta. Enquanto me despeço, a miúda reclama o que era dela. A senhora diz-lhe que amanhã há dos outros e o homem exclama qualquer coisa como um 'pobre e mal agradecida'. Eu percebo que são intencionados, sim, mas idiotas, e tenho vontade de dar um pontapé aos dois.

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