segunda-feira, 29 de maio de 2006

Não fui eu!

Sim, sim. Todas as criancinhas tentam sempre a desculpa do costume. Se forem queixinhas e houver irmão à mão, acusam logo o irmão. Se não forem queixinhas e tiverem irmão, deixam a dúvida a pairar no ar. Se forem filhos únicos é porque foi o gato e se não houver gato há sempre uma qualquer explicação sobrenatural.

E depois há aquelas pessoas que crescem e continuam a culpar o mordomo. Esta manhã, mal cheguei ao emprego, houve uma destas patéticas situações com... a minha chefe! Como é que é possível que alguém que ascende à chefia tente descartar um erro com o clássico infantil não fui, foi ela?

Pais e mães deste mundo, uni-vos! Sejam implacáveis com o não fui eu. A menos que queiram continuar a ouvir eternamente o blábláblábláblá do não fui eu, foi o anterior Governo ou não fui eu, foi o meu colego que está de férias volte daqui a um mês ou ainda não fui eu que lhe dei essa informação e o sítio certo para tratar do assunto fica na delegação da R. de S. Nunca à Tarde que por acaso vai fechar daqui a 3 segundos.

2 comentários:

mai xinti disse...

é o tipo de desculpa que me deixa possessa!!! É curioso que temos dificuldade em reponsabilizarmo-nos pelo trabalho que fazemos - eu tenho por princípio, quando falho, assumir declaradamente essa falha, sem pejo, e são inúmeras as vezes que, mesmo eu assumindo o meu erro há quem venha menorizar a minha culpa, tipo "deixa lá, não importa, o outro tb deveria ter tido atenção!". Fico ainda mais fula - eu sou responsável pelas minhas acções e assumo-as mesmo que isso implique assumir a falha! Exijo dos outros não menos do que isso!

Mimi disse...

Pois, também eu e nem sequer vejo qual é o mal em assumir as falhas. Até as máquinas se enganam. Muito irritante é a cadeia do culpa-o- próximo-e-não-o-mesmo.