
Cresci entre o vermelho e o encarnado

Valeu-me a pantera cor-de-rosa quando ao Granja lhe faltavam os desenhos animados soviéticos

Drama! Horror! Como sobreviver num país sem chapéus?

Leva chapéu e ainda se ri, a grande porca fascista!

Oh Vicente olha mais uma geração rasca!

E as extraordinárias histórias infantis que agora releio com espanto?

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Cresci entre o vermelho e o encarnado. Entre o PREC e a era yuppie. Entre as manifestações barulhentas na avenida e as paredes sem ruído da escola de freiras. Entre a nuvem de fumo revolucionário da casa materna e o bife do lombo com pimenta moída na altura da casa paterna. Bardamerda, claro, é uma das minhas palavras preferidas.
Raispartam a era do politicamente correcto e que bem me soube este regresso ao passado.
4 comentários:
Bardamerda! Apoio.
Lembro-me de crescer a ouvir as músicas do Zeca tocadas e cantadas pelo meu irmão barbudo e cabeludo e os vinis de Mozart e outras gravações da Deutsche Grammophon,
sem nunca ter tido verdadeira consciência do que se passava à minha volta. Ainda hoje tenho a sensação de viver em paralelo com algo que não alcanço, como que se vivesse sobre o efeito de um qualquer reflexo de espelho.
Muito agradecido pelo destaque
Obrigado
É isso mesmo, pssm - só agora começo realmente a perceber o que se passava à minha volta. Ou seja, a ligar as sensações e episódios que lentamente me vão voltando à memória às lições da nossa história recente. Autocolantes como estes, que também havia aos molhos lá por casa, ajudam ao exercício. E a maternidade foi buscar cada memória mais bizarra...
Obrigada eu papo-seco!
ois com tanta riqueza de meorias gostava de deixar um convite e partilharem memorias. O projecto esta online em www.mimeu.com e pretende ser um arquivo colectivo e colaborativo de memorias de infancia.
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