domingo, 12 de março de 2006

Sonho Z

No universo das Mulheres da minha vida incluo a minha filha, as minhas avós (a doçura de um lado e a guerreira do outro), a minha mãe, a minha irmã e, de há 38 dias para cá, a minha sobrinha. Somo mais uma prima e um par de amigas.
Por um ou outro motivo são todas muito especiais e, com elas, aprendo, aprendo, aprendo.
Há outra que também tive o sublime prazer de conhecer. Sinto-o como prazer e como honra. Há pessoas assim, de quem se sente honra em conversar, honra de ter feito também parte do seu dia-a-dia.
Pode parecer redundante dizer isto assim, tratando-se de uma Mulher, mas ela era símbolo de Feminino, de Maternidade, de Amiga, de Gaja porreira.
Altamente sedutora, era sinónimo de liberdade, de boa disposição, de ‘descontra’, de Amor, de Fortaleza.
Foi assim apetrechada que viveu esta viagem e se ‘abalançou’ na passagem que a obrigaram a fazer para o outro lado, com ganas de gente de carne e osso, com garra de Mulher.
Com ela ainda aprendo, aprendo, aprendo.
Hoje entrou nos meus SONHOS.
O meu despertar foi doce,
Obrigado Z.

4 comentários:

péssima disse...

Sabes?!
Tivemos a sorte de nos termos cruzado com a Z.
(Acredito que seja a mesma Z.)
Foi, é, será sempre um ponto de referência, de apoio.
Também ela me invade os sonhos, sempre que me sento à beira do abismo ela está ali, com aquele riso e com aquele “achas?!” cantado, a evitar que eu caia.
Com ela eu aprendi a morrer de pé, mas não evito que as lágrimas escorram pela cara sempre que a lembro. Não consigo deixar de lembrar a risada que deu quando me mostrou a careca e o chapéu de renda que a protegeria. Não consigo esquecer a expressão ao dizer o meu nome quando finalmente me reconheceu, já cega e surda, naquele vão de escadas onde fumou um dos seus últimos cigarros.
: ) sim, a Z. foi uma ‘ganda’ mulher!

Mimi disse...

Que bom deve ter sido o teu sonho... No outro dia tive um longo sonho com o meu pai. Tive-o mesmo de volta e voltei a sentir-me protegida. Tivemos tempo para pôr toda a conversa em dia. Senti uma felicidade extrema.

O sonho acabou em pesadelo quando quis apresentar-lhe as netas que não conheceu. Estávamos em casa dele, um décimo andar com varanda. Só tive tempo de correr e de tocar de raspão na mão da MB, que caiu da varanda antes que a pudesse agarrar e antes de conhecer o meu pai. Acordei num terrível pranto. Por ver a minha filha cair e por não ser verdade que o meu pai estava vivo.

Quando era miúda gostava de me esgueirar pelas barras da varanda e de me sentar, desprotegida, em cima do cimento que servia de telheiro ao vizinho de baixo. Quando fui apanhada, a segurança da varanda foi reforçada e nunca mais consegui passar.

Engravidei pela primeira vez um mês depois do meu pai ter morrido.

Sim, já percebi a mensagem: para uns nascerem, outros têm que morrer. Faz o luto de uma vez por todas, rapariga. Não quero mais sonhos destes. Escolho as minhas filhas, pronto.

Anónimo disse...

Sim, é a mesma Z.
A gargalhada dela é de facto uma marca profunda. Ouço-a vezes sem conta.
Essas lágrimas também correm pela minha cara quando me lembro dela, sozinha. Acontece. As saudades são tão grandes! Hoje vou dizer-lhe "Olá, estás aí?". Mais logo vou segredar ao mar.
Espero que ela me ouça. Normalmente ouve.

Isabel Freire disse...

PTFN, já tentei três comentários a este post.
Miss Z! Miss U!

MM: também fiquei com pele de galinha a ler o teu.

E hoje está um dia lindo! E Dalton Borralho vai-nos trazer bons espíritos para o resto da semana...