As ‘mmás’ são um espaço e um tempo para experimentação não isolada.
Uma forma de sair do armário da maternidade, com liberdade para que mães, mulheres anónimas, se exponham, se interiorizem, se lembrem, se banalizem, se encontrem, se distanciem, se analisem, se ilibem ou o que bem entenderem.
sexta-feira, 24 de fevereiro de 2006
Calendário escolar
Hoje, sexta-feira, é terça-feira de carnaval. E não tentem negar as evidências.
9 comentários:
Anónimo
disse...
eh eh tenho saudades de participar no desfile lá na rua da escolinha das minhas e no fantástico concurso! Confessem lá que se sentem meninas por ter tantos dias de carnaval!!! Dura pouco, aproveitem.
Bem, não vou enumerar as fatiotas das mais de 1000 crianças que desfilaram devagarinho pela estrada principal da minha Vila. Tudo como deve ser: polícia, bombeiros, ambulâncias, e para ter a certeza que tudo corria bem a SIC fez a reportagem. Confesso que o momento mais divertido foi a chuva grossa repentina que obrigou a um desvio de percurso. Os putos e petizas seguiram as professoras em debandada até ao abrigo mais próximo. Depois a concentração, no centro cívico, decorreu já sem chuva e com sumos, queques, chocolates à disposição dos pequenos esfomeados. Uma festa. O barulho era o normal dos amplificadores a tocar músicas de ordem, brasileiras; o barulho dos garotos aos gritos também era o normal, mas fiquei parva quando comecei a ouvir todos em uníssono a cantar uma canção que depois percebi ser da série “morangos com açúcar”. Uma mãe teve a gentileza de me elucidar sem evitar o olhar: tu és ET és és.
Cá na terra também houve parada com bombeiros, ambulância e polícia de prevenção. :) Foi a primeira vez que vi tal aparato e cofesso que achei muita graça ao entusiasmo de educadoras e crianças. Ainda não mascarei o Francis (acho que devo poupá-lo até ele poder decidir se quer ou não mascarar-se.
cá venho eu com o meu mau feitio, mas entre ficar calada ou espalhar o pânico, prefiro a segunda, afinal foi para isso que criámos isto, não foi? Nós não precisámos pôr sardas na raposa, pois tem pintas da varicela que cheguem. Passou o dia em casa, macambúzia, cheia de coceira, sem conseguir comer por causa de uma big one na língua, ou melhor, uma língua na big one, os vizinhos aos berros no apartamento do lado, apesar de ontem terem vindo buscar o homem, depois de mais uma denúncia minha explicando que estava a bater na mulher, já ensanguentada. Levaram-no a ele, mas já voltou. As assistentes da Misericórdia também vieram e perceberam que em casa não havia sinais de uma última refeição que tenham lá feito. Zero comestível na cozinha. Deixaram-na e à noite o filho trouxe uns sacos de plástico com comida. A seguir bazou. Cá estamos na mesma como a lesma. Alguém me explique que raio de boas causas são as que a Misericórdia apregoa no último slogan de campanha institucional... MERDIRIcórdia, isso sim.
mas o que é que se há-de fazer quanto aos teus vizinhos? queres que conte a história aos meus amigos que trabalham naqueles programas de televisão matinais? parece ser a única forma de resolver as coisas neste país...
Obrigada MM, segunda escrevo o quarto relatório à Delegada de Saúde e espero mais uma semana. Depois disso vem o plano B, exactamente TV. Nessa altura se calhar envio-te o 'press release' também a ti para fazeres chegar a quem mexe nos tais matinais...
Muito bem visto. Recordo-me bem disso; para todas as crianças em idade escolar, a sexta-feira de Carnaval é um meio-feriado com um sabor especial. Como um pré-aquecimento.
9 comentários:
eh eh tenho saudades de participar no desfile lá na rua da escolinha das minhas e no fantástico concurso! Confessem lá que se sentem meninas por ter tantos dias de carnaval!!! Dura pouco, aproveitem.
O Carnaval dá-me nervos. O meu único pedido em criança, fosse qual fosse a máscara, era que me pintassem sardas.
Balanço carnavaleiro lá na escola:
2 noddys
2 homens-aranha
2 zorros
1 tartaruga ninja
1 Índia
1 capucinho vermelho
2 princesas-fadas-bailarinas
As únicas que tinham fatiotas feitas são as minhas. Ia tirar fotografias, mas consegui levar uma máquina sem bateria... Mmerda!
ups.. fatitotas feitas em casa
Pois foi, hoje, sexta, foi terça de carnaval.
Bem, não vou enumerar as fatiotas das mais de 1000 crianças que desfilaram devagarinho pela estrada principal da minha Vila.
Tudo como deve ser: polícia, bombeiros, ambulâncias, e para ter a certeza que tudo corria bem a SIC fez a reportagem.
Confesso que o momento mais divertido foi a chuva grossa repentina que obrigou a um desvio de percurso. Os putos e petizas seguiram as professoras em debandada até ao abrigo mais próximo.
Depois a concentração, no centro cívico, decorreu já sem chuva e com sumos, queques, chocolates à disposição dos pequenos esfomeados. Uma festa.
O barulho era o normal dos amplificadores a tocar músicas de ordem, brasileiras; o barulho dos garotos aos gritos também era o normal, mas fiquei parva quando comecei a ouvir todos em uníssono a cantar uma canção que depois percebi ser da série “morangos com açúcar”. Uma mãe teve a gentileza de me elucidar sem evitar o olhar: tu és ET és és.
Cá na terra também houve parada com bombeiros, ambulância e polícia de prevenção. :) Foi a primeira vez que vi tal aparato e cofesso que achei muita graça ao entusiasmo de educadoras e crianças. Ainda não mascarei o Francis (acho que devo poupá-lo até ele poder decidir se quer ou não mascarar-se.
cá venho eu com o meu mau feitio, mas entre ficar calada ou espalhar o pânico, prefiro a segunda, afinal foi para isso que criámos isto, não foi?
Nós não precisámos pôr sardas na raposa, pois tem pintas da varicela que cheguem. Passou o dia em casa, macambúzia, cheia de coceira, sem conseguir comer por causa de uma big one na língua, ou melhor, uma língua na big one, os vizinhos aos berros no apartamento do lado, apesar de ontem terem vindo buscar o homem, depois de mais uma denúncia minha explicando que estava a bater na mulher, já ensanguentada. Levaram-no a ele, mas já voltou. As assistentes da Misericórdia também vieram e perceberam que em casa não havia sinais de uma última refeição que tenham lá feito. Zero comestível na cozinha. Deixaram-na e à noite o filho trouxe uns sacos de plástico com comida. A seguir bazou. Cá estamos na mesma como a lesma.
Alguém me explique que raio de boas causas são as que a Misericórdia apregoa no último slogan de campanha institucional...
MERDIRIcórdia, isso sim.
mas o que é que se há-de fazer quanto aos teus vizinhos? queres que conte a história aos meus amigos que trabalham naqueles programas de televisão matinais? parece ser a única forma de resolver as coisas neste país...
Obrigada MM, segunda escrevo o quarto relatório à Delegada de Saúde e espero mais uma semana. Depois disso vem o plano B, exactamente TV. Nessa altura se calhar envio-te o 'press release' também a ti para fazeres chegar a quem mexe nos tais matinais...
Muito bem visto. Recordo-me bem disso; para todas as crianças em idade escolar, a sexta-feira de Carnaval é um meio-feriado com um sabor especial. Como um pré-aquecimento.
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