As ‘mmás’ são um espaço e um tempo para experimentação não isolada.
Uma forma de sair do armário da maternidade, com liberdade para que mães, mulheres anónimas, se exponham, se interiorizem, se lembrem, se banalizem, se encontrem, se distanciem, se analisem, se ilibem ou o que bem entenderem.
quinta-feira, 16 de fevereiro de 2006
Por que gosto de ler jornais
Max Ernst
A Virgem Espancando o Menino Jesus Perante Três Testemunhas - André Breton, Paul Éluard e o Artista
Porque até as criaturas que nunca têm nada para dizer nos dão qualquer coisa de vez em quando. Ilustração escolhida para o artigo de hoje de Augusto M. Seabra, no Público.
Assim sem pensar muito lembrei-me de duas coisas. Um filme extraordinário, chamado Manual de Instruções Para Crimes Banais (neste caso poderíamos alterar a terminação para 'maternais'), e de uma amiga que me disse uma vez: Não há nenhuma mãe que não tenha tido alguma vez vontade de fazer desaparecer os filhos, bater-lhes, apagá-los. Isto dito em público é quase o fim-do-mundo. E eu arrisco-me a perder a custódia da minha filha... Também me lembro de uma vez presenciar com a minha mãe - que é uma mulher do mais equilibrado que conheço, com tanto de inteligência cerebral como emocional - uma cena em que uma mulher desesperava com a filha. Eu não tive qualquer problema em censurá-la de imediato. A minha mãe disse-me só: as crianças conseguem às vezes ser infernais. Hoje tenho discussões com a raposa e já perdi medo de entrar em conflio com ela. A miúda já tem instrumentos para isso e muito mais.
3 comentários:
Porque até as criaturas que nunca têm nada para dizer nos dão qualquer coisa de vez em quando.
Ilustração escolhida para o artigo de hoje de Augusto M. Seabra, no Público.
Assim sem pensar muito lembrei-me de duas coisas. Um filme extraordinário, chamado Manual de Instruções Para Crimes Banais (neste caso poderíamos alterar a terminação para 'maternais'), e de uma amiga que me disse uma vez: Não há nenhuma mãe que não tenha tido alguma vez vontade de fazer desaparecer os filhos, bater-lhes, apagá-los. Isto dito em público é quase o fim-do-mundo. E eu arrisco-me a perder a custódia da minha filha...
Também me lembro de uma vez presenciar com a minha mãe - que é uma mulher do mais equilibrado que conheço, com tanto de inteligência cerebral como emocional - uma cena em que uma mulher desesperava com a filha. Eu não tive qualquer problema em censurá-la de imediato. A minha mãe disse-me só: as crianças conseguem às vezes ser infernais. Hoje tenho discussões com a raposa e já perdi medo de entrar em conflio com ela. A miúda já tem instrumentos para isso e muito mais.
Excelente blogue. E viva a revolução surrealista mundial!
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